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domingo, 30 de janeiro de 2011

Estrangeiros Aqui!





Nossa pátria é o Céu!

[..]


Um peixe nunca seria feliz vivendo em terra, porque foi feito para viver na água.
Uma águia jamais poderia ficar contente se não lhe fosse permitido voar.
Você nunca se sentirá plenamente satisfeito na terra,
porque foi feito para algo mais.




Você terá momentos felizes por aqui,
mas nada comparado ao que Deus tem planejado para você no Céu. Lá é nosso lugar!


Perceber que a vida na terra é apenas uma atribuição temporária deve alterar completamente os seus valores.Valores eternos, e não temporários, se tornariam fatores determinantes em suas decisões.

Como C. S. Lewis comentou: “Tudo o que não é eterno é eternamente inútil”.
A Palavra nos diz: Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o
que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.
[...]

Eis o que a Palavra diz sobre os santos: Todos
esses morreram pela fé. Não receberam as coisas que
Deus prometera a seu povo, mas as enxergaram no futuro
e ficaram alegres.


Eles diziam que eram visitantes e
estrangeiros na terra [...] estavam esperando uma pátria
melhor — uma pátria celestial.


Por tanto, Deus não se
envergonha de ser chamado Deus deles, porque preparou
uma cidade para eles.




O seu tempo sobre a terra não é toda a história de sua vida.


Você tem de esperar chegar no céu para conhecer o resto dos capítulos. É preciso ter
fé para viver na terra como estrangeiro." [...]

(Trechos de Uma Vida Com Propósitos)


"Jesus se apraz em me mostrar o único caminho que leva à fornalha divina do amor de Deus. Este caminho é o abandono da criancinha que adormece, sem receio, nos braços do Pai. Como tenho sede do CÉU, lá onde se amará JESUS sem reserva!... Só no Céu a alegria será perfeita.Após o exílio desta terra, espero ir gozar de Vós na Pátria, mas não quero acumular méritos para o céu. Desejo trabalhar só por amor, com o único fim de vos agradar, de consolar vosso Sagrado Coração e salvar almas que vos amem eternamente.
Na tarde desta vida, comparecerei perante vós, com as mãos vazias, pois não vos peço, Senhor, contar minhas obras. Toda nossa justiça é manchada a vossos olhos. Quero, pois, revestir-me de vossa própria justiça e receber de vosso amor a posse eterna de vós mesmo. Não quero outro trono e outra coroa senão vós, o meu Bem-Amado."

Santa Teresinha

O MOVIMENTO CONTINUA



"Eu venci!"

Palavras do rei Herodes sobre o nascimento de Jesus.


"Mate-o. Há lugar apenas para um rei neste mundo."

O MOVIMENTO CONTINUA


A crença do filósofo Voltaire:
A Bíblia e o Cristianismo acabariam dentro de algumas centenas de anos.
Ele morreu em 1778. O movimento continua.

O pronunciamento de Friedrich Nietzsche em 1882:
"Deus está morto." O surgimento da ciência, cria ele, seria a destruição da fé.
A ciência surgiu, o movimento continua.

Como o dicionário comunista definiu a Bíblia:
"É uma coleção de lendas fanáticas sem qualquer suporte científico."
O comunismo está diminuindo; o movimento continua.

A descoberta feita por qualquer pessoa que tenha tentado
enterrar a fé é a mesma feita por todos os que tentaram enterrar
seu Fundador: Ele não permaneceu no túmulo.
Os fatos: O movimento nunca foi tão forte; É incontável o número de cristãos.

A questão. Como explicamos isto? Jesus nunca escreveu um
livro, nunca gerenciou um escritório. Nunca viajou mais do que
320 quilômetros distante de sua terra natal.


Os amigos o abandonaram.
Um o traiu. Os que Ele ajudou esqueceram-se dEle.
Foi abandonado antes de sua morte. Mas após sua morte eles não
puderam resisti-lo.


O que fez esta diferença?


A resposta: Sua morte e ressurreição.
Porque quando Ele morreu, nosso pecado também morreu.
Quando Ele ressuscitou, nossa esperança também ressuscitou.

Porque quando Ele ressuscitou, seu túmulo foi transformado
de residência final em pousada temporária.

O motivo por que Ele fez isto: O rosto que você vê no espelho.

O veredicto após dois milênios. Herodes estava certo:

só há lugar apenas para um Rei.

(Trecho de Ele Escolheu os Cravos)
Deus abençoe a todos!!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011





"As mãos de Jesus abertas para os cravos, e as portas dos céus abertas para você."

Imagine se você tivesse...


Imagina se você tivesse:

•a FÉ de Abraão;

•a FORÇA de Sanção;

•a PACIÊNCIA de Jó;

•o TEMOR de Davi;

•a SABEDORIA de Salomão;

•a OBSTINAÇÃO de Paulo;

•o AMOR de Jesus;

Você ainda não tem? Quer ter? Sabe como?

•derrame as LÁGRIMAS de Jeremias;

enfrente a SOLIDÃO do apóstolo João;

•disponha-se a sofrer a REJEIÇÃO que José passou;

•suporte a PERSEGUIÇÃO que o apóstolo Paulo sofreu;

•esteja ciente que enfretará a INGRATIDÃO que Moisés enfrentou;

•esteja preparado para o "FOGO" e os "LEÕES" da vida;

e acima de tudo,abra mão da própria vida por amor a Deus assim como Jesus.

Uma vida plena na presença de Deus não é fácil,porém,é possivel,se submetermo-nos as provações e dificuldades que o caminho estreito propõe a quem decide trilhá-lo.

QUE DEUS OS ABENÇOE NESTA TERÇA-FEIRA!

Voz de Deus


Qual é a voz que fala mais alto em você?


“Minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem” (Jo 10, 27).


Muitas vozes clamam dentro de nós,deixando-nos,muitas vezes,confusos,agitados e inquietos. A única voz que apazigua o nosso coração ao ouvi-la é a voz de Nosso Senhor Jesus Cristo,o Bom Pastor.


Precisamos aprender a distinguir a Sua voz das demais.Isso se dá na busca de uma vida de intimidade com Ele por meio da oração e da escuta.Peçamos, hoje, ao Senhor a graça de ouvirmos a Sua voz e de nos deixarmos ser guiados por ela.


“Sempre que estiveres para te desviar para um lado ou para outro, poderás ouvir atrás de ti a palavra de quem te orienta: ‘O caminho é este, por aqui deves andar!’” (Is 30, 21).


Jesus, eu confio em Vós!

Identidade



Quanto mais nos parecermos com JESUS, que ama, perdoa, conforta e se dá até a morte, mais seremos nós mesmos, porque a nossa identidade é Cristo!

Boa noite a todos,
Filhos da Misericórdia de Jesus Salvador

uma VOZ,uma MÃO, DEUS


"E um simples gesto brusco da vida me vem como um tapa e me traz a lucidez de que pouco, muito pouco me conheço.Que posso então dizer de mim?Sou um ser que sente paz no balançar das árvores e regozija-se ao receber seu chaqualhar de graças.Sou aquele mesmo ser que mergulha no mar como se para lá fosse deixar as mais tristes águas de lembranças. Sou gente, custo a perceber! Meu coração está hoje rompido,Não! não se comova. Ele está rompido pela imensidão que carrega. Uma imensidão compreendida só por quem possui semelhante coração.Já passei noites chorando...Numa manhã ouvi um chamado,tive medo, tapei os ouvidos. Inútil! A Voz insistiu, a Voz não desistiu de mim. Minha vida hoje rendida, entregue...A mesma Voz que depois, relembrando aquelas lágrimas, eclodiu dentro de mim dizendo: Passou, passou...Sim, passou! Tenho um coração que hoje chora alegria,chora amor. Uma Mão está sobre meus olhos.Uma Voz, uma Mão, Deus. Deus molda meu ser.Pergunte ao Criador que criatura sou."

domingo, 23 de janeiro de 2011

FORMAÇÕES: Os sentidos do Amor


Bom dia a todos!
Neste Domingo posto aqui três formações maravilhosas que denominei de "Os Sentidos do Amor"sobre o significado mais profundo de três sentidos nossos: a audição (saber ouvir), a visão (apenas um olhar) e o tato(num toque de amor)...estes textos nos mostram que nossos sentidos são dons de amor e são de autoria de Ederson Iarochevski.Eles me ajudaram muito...tenho certeza de que vão gostar,espero que os ajude também...vale a pena lê-los. Deus os abençoe...
A todos um Domingo cheio de Deus!

Saber ouvir











Silenciar para escutar, escutar para poder amar

Nada mais gostoso do que a brisa num entardecer de verão, as vozes de animais, as cores perfeitas do poente, o perfume das florações, o sabor daquilo que é posto à mesa. Tudo nos faz bem e enche-nos de sentido. A vida ganha espaço.

No entanto, há de se reconhecer que nossa cultura nos bombardeia e estimula além da medida. Em vez de repouso, somos agitados e provocados a um prazer agressivo, sem alegria e felicidade. Parece que gostar de sossego é excentricidade: ficar sossegado é muito perigoso, pode parecer doença.

Tanto conhecimento produzido e ainda não nos demos conta, enquanto sociedade e como pessoas detentoras de saber, de que o prazer dos sentidos só existe na justa medida. No cotidiano de nossa vida pessoal e social, temos as experiências que nos provam esta verdade: se come e se bebe em excesso, o perfume é muito forte, o ruído ultrapassa a quota dos decibéis, o tocar se extrema, aí então, o prazer transforma-se em desprazer, a delícia em desgosto. Nada se aproveita, tudo se liquefaz.

Uma das janelas da alma é o escutar. Escutar é diferente de ouvir. Neste momento estou ouvindo muitos e diferentes barulhos, mas não estou escutando nada. O ouvir está ligado diretamente ao sentido da audição. Entender, perceber pelo sentido do ouvido, faz parte de nosso instinto da sobrevivência, das ferramentas que nos possibilitam continuar vivos.

Escutar, por sua vez, significa prestar atenção para ouvir; dar atenção a; ouvir, sentir, perceber…” ou ainda: “tornar-se ou estar atento”. Temos aí, diferentemente de ouvir, um escutar que nos aproxima e nos completa, nos garante a vida, nos faz diferentes, pois escutar é transformador. Se é verdade que a vida tem sentido na emoção de amar alguém, então é bem verdade que ao escutar uma pessoa, ou ter a experiência de ser escutado, fazemos a vital experiência de ser amado e de amar.

A mãe quando escuta o filho com seus conflitos está oportunizando crescimento através desse gesto amoroso; o médico, ao escutar o paciente que, sem pressa e sem conceitos de medicina, apresenta seu jeito de se diagnosticar, já está possibilitando o início do processo de cura; o amigo que atenciosamente escuta, sem nenhuma necessidade de oferecer resposta pronta, apenas escuta porque ama, sabe ser um porto seguro para as tempestades internas do seu querido amigo; o religioso que, humildemente, oferece, de forma paciente, seu “escutar” àquele que já está sem esperança, recupera vidas. E assim, tantos outros “escutadores de almas e corações” que salvam, libertam e curam, muitas vezes sem saber que fazem tudo isso apenas por possuírem a arte de escutar bem. Saber escutar alguém é obra de Deus. Quem sabe, nos dias atuais, precisamos mais de “escutátoria” do que oratória.

Silenciar para escutar, escutar para o outro sentir-se amado
Escutar, antes de tudo, é uma maneira de deixar o outro crescer: no momento em que é escutado, sente-se acolhido e amado. E, que mais uma pessoa deseja além de ser acolhido e amado por alguém? Parafraseando Rubem Alves, “é preciso saber escutar… deixar o outro entrar dentro da gente”. A maravilha de acolher o outro em sua totalidade: existe forma mais verdadeira de amar? A medida de amor que oferecemos pode ser expressa no tempo que guardamos aquilo que nos foi confiado, segredado ao pé do ouvido: amo você na medida em que permito que faça morada em meu coração. Escutar é garantir abrigo a quem, por não receber atenção e amor, perambula ao relento.

Escutar é um exercício que ensina amar, escutar o silêncio de quem se aproxima; escutar o seu estar presente e as dores que o fazem ausentar-se da beleza da vida; também escutar o seu calar, revelador de sua alma. Escutar não se reduz a identificar palavras e compreender histórias: é também decifrar os silêncios de uma presença que reclama maior atenção de nossa parte. Escutar as vozes emudecidas que, sem força, ousam ecoar pedindo ajuda para continuar a viver com dignidade.

Escutar é devolver a luz para aqueles que estão mergulhados nos ruídos que, aos poucos, vão escurecendo seus sonhos. Escutar é cuidar de um coração, de uma vida, garantir que a história poderá ter continuidade. Escutar é deixar que o outro também exista.

Façamos o exercício de silenciar dentro de nós para escutar com amor. Lya Luft soube pedir: “me dêem isso: um pouco de silêncio bom para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes, e tudo o que fala muito além das palavras e todos os textos e da música de todos os sentimentos”. Se assim for, começaremos a escutar coisas que não ouvíamos. Cessando os ruídos, ouviremos o que é realmente belo. No escutar o outro, garantimos que a beleza mora nele. E poderemos saborear a comunhão com que sonhamos, que existe somente quando a beleza do outro e a beleza da gente se liga, ou melhor, se deixa escutar.

Quem sabe, descobriremos que Deus é a beleza que se escuta no silêncio.

Apenas um Olhar




A lâmpada do corpo é o olho: se teu olho for límpido, ficarás todo cheio de luz. Mas se teu olho for ruim, ficarás todo em trevas. Se, pois, a luz em ti é trevas, quão grandes serão as trevas!” (Mt 6, 19-23)

Nossa alma tem cinco janelas: as mãos, os ouvidos, o nariz, a boca e os olhos. E ainda possui uma Caixa de ferramentas (os olhos) e uma Caixa de brinquedos (o olhar). Refletiremos sobre cada uma dessas janelas e, nessa primeira reflexão, começaremos com um olhar muito especial: o olhar de Deus contemplando a criação.

E tudo começou com um jeito de olhar: Deus viu que era bom, que era tudo muito bom. Deus teve um sonho, sonhou com um jardim. Os sonhos, quando verdadeiros, nos conduzem aos pequenos paraísos da vida e, vivendo estes pequenos paraísos chegaremos com a alegria ao Paraíso definitivo.

Deus criou um jardim. Um jardim belo, de delícias. Jardim que é o destino do homem, que é o destino do universo. Parece-nos que o jardim era melhor que o céu: prova disso é que o próprio Deus passeava por ele.

Terminado seu trabalho em seis dias, Deus entregou-se àquilo para que o trabalho havia sido feito: contemplar a beleza do que está diante dos olhos. Os olhos contemplaram o jardim e experimentam o êxtase da beleza! “E viu Deus que era muito bom…”: os olhos divinos brincavam com o jardim. (Gn 1,1-31).

Como estamos olhando par aquilo que Deus criou? Como é meu olhar diante das coisas que eu faço? O que eu faço nos meus dias?

Ver é muito complicado. Isso é estranho, porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física ótica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso ao afirmar: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei isso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos sinto-me como Moisés, diante da sarça ardente: está ali uma epifania do Sagrado. Mas uma mulher, minha vizinha, decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa: ele sujava o chão, dava muito trabalho para sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza das flores atapetando o chão. Só viam o lixo.

A poetisa Adélia Prado diz: “Deus, de vez em quando, me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra. E Carlos Drummond de Andrade viu uma pedra e não viu uma pedra: a pedra que ele viu virou poema".

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. “Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios”, escreveu Alberto Caeiro/Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Necessita de aprendizado. Nietzsche sabia disso e afirmou que “a primeira tarefa da educação era ensinar a ver”.

Há uma passagem no Novo Testamento, verdadeiro poema, que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus Ressuscitado. Dirigiam-se a Emaús. Eles, porém, não o reconheciam até que um gesto fé-los subitamente reconhecerem-no: ao partir do pão “os seus olhos se abriram” (Lc 23, 13-35).

Vinícius de Moraes vive experiência semelhante no “Operário em Construção”: “De forma que, certo dia, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela mesa – garrafa, prato, facão – era ele quem fazia, ele, um humilde operário, um operário em construção”.

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na Caixa de Ferramentas são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas – e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer.

Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não vivem o prazer de ver… Mas quando os olhos estão na Caixa dos Brinquedos eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na Caixa de Ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na Caixa dos Brinquedos são os olhos das crianças.

Para ter olhos brincalhões é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse ter aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo, fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: “A mim ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas.

Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas…”

A diferença está no olhar. Não são olhos bonitos que nos encantam, mas o que realmente nos cativa são os olhares. Olhares são a extrema fineza dos olhos. Olhares suaves, fixos, acolhedores, belos e iluminados. Olhares que têm o poder de ressuscitar, devolver a luz para quem, tantas vezes, esqueceu o quanto a vida vale a pena ser vivida.

Nascemos para aprender a olhar de um jeito certo:

Quando criança, pedimos toda a atenção, o chorar da criança é por não ter ninguém olhando por ela. Quantos medos surgem por não se ter “olhares à sua volta”.

Quando adolescentes, somos tentados a querer todos os olhares e atenção, caso contrário nos revoltamos com o mundo e nos sentimos os mais abandonados e mal-entendidos que possam existir.

O jovem é aquele que volta seu olhar para o mundo das possibilidades. O sonhar do jovem é seu mais precioso paraíso. Quer realizar, transformar, construir, quer que os olhares possam se alimentar de suas ousadias.

O adulto quer ser importante aos olhos de alguém especial. Não quer fazer parte apenas da multidão que passa, ele quer ser destacado por um olhar especial.

Os idosos, com uma alegria nostálgica, lembram de tudo o que viram, e em tão bela idade sabem ver o que lhes acontece sem nenhuma pressa. Aprenderão a saborear a beleza e o sentido da vida. Isso é algo que ninguém rouba. É propriedade de quem aprende a amar e a olhar de um jeito certo. Jeito que nos faz felizes e realizados.

Olhares simples nos devolvem o sentido da vida. Olhares encharcados de acolhida nos retiram da indiferença de, por medo da vida, muitas vezes insistir em ficar com olhos vendados, mesmos estando eles, os olhos, abertos. Olhos abertos, mas olhares escondidos.

O jeito de Jesus escolher os Apóstolos foi o olhar: sentiram-se amados e o seguiram, para sempre. Nosso jeito de olhar somente deveria ser um: o olhar maravilhado, iluminado pelo amor.

Num toque de Amor




Tony Melendez, natural da Nicarágua, cantor e guitarrista que encanta o mundo pelo fato de não ter os braços e, mesmo assim, com muita força de vontade e determinação, superou todos os seus limites para construir uma vida digna, sem o conformismo de sua deficiência.


Foi inclusive abençoado pelo Papa João Paulo II, que assistiu à sua apresentação. Quando, na realização de um vídeo sobre sua vida, ao ser questionado sobre o que seria um milagre, assim respondeu: “Para mim, quando alguém levanta suas mãos, isto é um milagre”.


O fato de não ter as mãos não o impediu de dar um sentido sagrado a um dos órgãos mais especiais de nosso corpo. O milagre das mãos levantadas expressado por Melendez não é magia, ele tem endereço: seu ponto de partida e de chegada pode ser confirmado na língua hebraica.


Em hebraico, a mão é simbolizada pela letra Y (Yod), que é encontrada no tetragrama YHVH – JAVÉ, o nome divino. A palavra mão está ligada ao conhecimento pleno, divino. Tocar a mão, apertar a mão é se apresentar, é firmar um conhecimento, é dar inicio a uma confluência de histórias e significados.


As mãos tornam-se, assim, a extensão da poesia de Deus em nosso corpo. Foi com suas mãos que fomos tocados pela primeira vez.


As mãos vão além do simples entendimento que diz serem elas “mais uma ferramenta que eu tenho para explorar o mundo”. Nossas mãos se sacralizam toda vez que com elas podemos tocar e, logo, sentir; sentir para, verdadeiramente, amar; amar e ir além do que as próprias mãos podem sentir, isto é, transcender as realidades tangíveis.


É com suas mãos que Deus, no seu infinito amor e bondade resolveu, antes mesmo de embelezar o Jardim do Éden e ver a cor suave do trigo, brincar com argila. Como uma criança que faz de um pouquinho de barro um mundo à sua frente, assim fez Deus e criou-nos à sua imagem e semelhança.


Somos o resultado de suas mãos amorosas. Somos a arte amada do Artista que tanto nos ama e nos quer somente vivendo felizes.


Mãos que nos modelaram, mãos que nos trouxeram à vida. As mãos divinas nos humanizaram, e agora cabe a nós, com nossas mãos humanas, nos divinizar. E neste processo de adentrar na esfera divina não vamos com nossa própria força e vontade: é o próprio Deus que vai junto alimentando esse desejo de nos encontrar com o “primeiro Amor”, e do seu lado não sair mais.


É com inspiração divina que Santo Irineu afirma que “a obra de Deus consiste em modelar o homem”. Há uma certeza irrenunciável em nosso processo de “feitura”: jamais estaremos sós. Há mãos divinas entrelaçadas com nossas mãos humanas.






O Criador bem sabe que existem mãos que procuram nos afastar da arte do viver, e o salmista tão verdadeiramente cantou que “Deus, porém, me salvará das mãos da morte e junto a si me tomará em suas mãos” (Sl 49,16).


Quando a lógica do amor ganha espaço é certo que saberemos nos aproximar de mãos que nos salvam, mãos que têm o poder de nos devolver a capacidade de amar a si próprio, mãos que nos amam. Amor que não tem preço. Ama, simplesmente, porque ama.


Se pelas mãos de Deus fomos modelados, somos amados e tão bem cuidados, porque não oferecer tal poder às nossas mãos? Para sermos expressão de Deus através de nossas mãos precisamos, verdadeiramente, “ser de Deus”.






Entrelaçar nossas mãos humanas com as mãos divinas. Relação de amor. E se assim for feito, poderemos prolongar o amor através de nossas mãos. Elas podem ser a expressão máxima de amor de quem é amado e que, conseqüentemente, tem fome de amar. Mãos que salvam, que têm o poder de redescobrir a beleza da vida.


É claro que não se pode ser ingênuo. É preciso discernir os “tipos” de mãos que de nós se aproximam. Com elas podemos ser salvos, ou também, ser traídos.




Jesus Cristo passou por semelhante situação. É diante do mar tenebroso e repleto de mistérios que Jesus oferece sua mão para salvar Pedro dos medos que apavoravam sua vida e por alguns momentos o mesmo Pedro sentiu que sua fé no Senhor ainda era pouca (Mt 14,31).


Há mãos que traem, e Jesus delas também teve experiência: “A mão do que me trai está comigo, sobre a mesa” (Lc 22,21). Duas mãos. Duas realidades, dois jeitos de encarar a vida. Uma próxima de Deus, mãos sagradas que salvam, operam verdadeiro milagre.


Outra, mãos afastadas das realidades sagradas, até mesmo o melhor amigo, vivendo apenas da lógica humana, mãos interesseiras, insensíveis, mãos que conduzem à morte. Em todos os tempos, em diferentes lugares haverá mãos que nos devolvem a vida e, infelizmente, haverá mãos que nos roubam o grande presente modelado pelo próprio Deus.




No entanto, antes de querer sentir as mãos que, a nós, chegam, quem sabe podemos olhar de um jeito certo para as mãos que costumamos ofertar.


Quem sabe, poderíamos olhar agora para nossas mãos e delas extrair quais suas reais intenções diante do outro, diante da criação? Sentimo-nos portadores de mãos sagradas que salvam ou mãos traiçoeiras que condenam à morte? O que elas realizam hoje, o que elas querem realizar a partir de hoje?


Deixemo-nos cuidar por Deus, a fim de que imitando seu Coração Misericórdioso, sejamos suas mãos amorosas no meio do Mundo...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Saudade sim, distantes jamais...Jesus é o laço que nos une.: A AMIZADE EM DEUS






Como é dificil quando amigos queridos estão longe de nós.Mas como é bom saber que essa distância é somente do corpo, mas o coração está sempre perto daqueles que amamos. Da mesma forma que o céu, mesmo tão distante do mar o toca na linha do horizonte, assim acontece entre as pessoas que se amam. Porém, mesmo distantes, o simples fato de sabermos que elas existem já é o suficiente para sermos felizes

Para os amigos não existem fronteiras nem distâncias que os separe. Eles estão sempre ligados pelo laço do amor e da amizade que os une. “Depois de algum tempo você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida” (William Shakespeare).

Portanto, os amigos sempre suportam a distância, o tempo e até mesmo a falta de comunicação. Porque eles estão tatuados para sempre em nossos corações. Por isso, jamais esquecemos suas palavras, seus gestos, seus testemunhos. Com freqüência lembramos cada detalhe dos momentos vividos juntos e não raras vezes as lágrimas são inevitáveis.

É neste momento que a saudade invade o nosso ser, tomando conta de nós para nos recordar que é, sobretudo na ausência, que precisamos testemunhar tudo o que vimos e ouvimos. É a dor da ausência que nos ensina a valorizar e a ruminar cada fragmento de uma relação de amor.

A solidão é importante no processo de libertação, ela proporciona o encontro pessoal com Cristo. O deserto é o lugar santo onde a espiritualidade e o mistério se abraçam.E a oração é então uma ponte que nos liga a quem amamos.

Portanto, pela solidão alcançamos a comunhão com Deus, pois ela é um convite pessoal do Pai para estarmos a sós com Ele. Os apóstolos custaram a entender isso e não queriam aceitar o fato de Jesus tê-los de deixar. Nós não somos diferentes! Ele é o amigo das nossas amizades...o grande promotor e unificador dos amigos, por isso sem Ele a amizade,por maior que seja , é incompleta.

Quando nos deparamos com a realidade da ausência, custamos a dissipar as neves que não nos permitem enxergar além de nós mesmos, o coração fica irrequieto e não somos capazes ao menos de reconhecer a presença de Deus, que se manifesta nos detalhes da vida, principalmente por meio das pessoas que estão ao nosso redor. Entretanto, a dor da separação precisa ser superada pela certeza do reencontro.

Diante de tudo isso, nossa atitude deve ser sempre de gratidão a Deus pelos amigos que temos, pois na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, perto ou longe, eles sempre serão a mais bela tradução do amor. “É maravilhoso receber demonstrações de boa amizade, mas que seja em todas as circunstâncias, e não somente quando estou convosco” (Gálatas 4,18).

Desse modo, repitamos hoje nós as palavras de Rute: “O Senhor trate-me com todo o rigor se outra coisa, a não ser a morte, separar-me de ti!”(Rute 1,17) e aprendamos a cada dia a conviver com a ausência necessária.

Dedicado a meus amigos e afilhados,Mixa e Rafa...AMO VCS

A natureza nos ensina






...e a primeira lição que ela nos dá é que Deus existe!

A natureza é uma bela obra de Deus; toda ela foi feita para nós num gesto do amor de Deus; sendo divina ela está repleta de beleza, harmonia, cores e lições que nos ensinam a viver. Jesus a usava sempre em Seus ensinamentos.

"Olhai os lírios do campos...", veja a semente da mostarda, olhe os pastores e as ovelhas...Olhai para os campos, onde todas as coisas falam do amor: onde os ramos se abraçam, as flores dançam, os pássaros namoram; onde a natureza toda glorifica o espírito.



Galileu disse que a natureza é um documento escrito nas linguagens matemáticas. Tudo nela é preciso, ordenado e belo. Os elétrons giram em torno do núcleo do átomo com leis precisas; os planetas giram todos em torno do Sol, obedecendo às três leis precisas descobertas por Kepler.

Todos os corpos caem em queda livre com a mesma aceleração da gravidade que Torricelli determinou fazendo experiências na Torre de Pisa.



Você pode não receber flores todos os dias em sua casa, mas Deus as manda pela natureza quando você vai para o trabalho.



A natureza é séria, calma, silenciosa, severa, sempre verdadeira. Os erros é que são nossos. Um provérbio diz que Deus perdoa sempre, o homem de vez em quando, a natureza nunca.

Ela não tem raciocínio e não tem coração; mas vive dentro de sua perfeição mineral, vegetal e animal. Cabe a nós, homens, cuidar dela para podermos desfrutar bem das suas dádivas. Na natureza não há recompensas ou castigos. Há apenas consequências.



A primeira lição que a natureza nos dá é que Deus existe; ela não poderia existir com tanta beleza e perfeição se não tivesse um Criador poderoso e bondoso. Como disse o francês Voltaire: não pode haver um relógio sem um relojoeiro.

Nunca acredite no acaso, por favor; acaso é apelido que dão a Deus aqueles que não têm coragem de pronunciar o Seu Nome. Esses são infelizes por natureza, porque renegam o próprio Criador; jamais experimentarão a verdadeira felicidade.



Olhe, por exemplo, para as vacas e lembre-se de que os maiores cientistas nunca descobriram como tirar leite do capim. Gratuitamente a natureza faz isso para nós. Nenhum prêmio Nobel até hoje jamais conseguiu compreender o que é a vida de uma simples formiga.



Padre Antonio Vieira afirmou: "Se queres ser mestre na fé, faze-te discípulo da natureza". De fato, a natureza é mestra. O pesquisador inglês Eddington dizia que "nenhum ateu é admirador da natureza".



A natureza é lenta, mas não para, e é segura. É um lema de vida; viver de maneira lenta, mas sem parar; a pressa é inimiga da perfeição. Quanto mais complexo é um trabalho, tanto mais devagar ele deve ser feito. O tempo destrói tudo que é construído sem a sua colaboração.



Em um mosteiro, um jovem discípulo questionou o seu mestre. - Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam. Insuportáveis são as falsas e invejosas.



- Pois, viva como as flores! Advertiu o mestre.



- Como é viver como as flores? Perguntou o discípulo.



- Repare nas flores, continuou o mestre, apontando os lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.



É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros nos importunem. Os defeitos deles são deles e não nossos. Se não são nossos, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo o mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.



Olhe para o mar; majestoso e belo. Ele é grande porque aceitou humildemente ficar alguns milímetros abaixo de todos os rios da terra; por isso é imenso. Todos podem vê-lo porque ele aceitou ficar lá embaixo; não nas alturas aonde poucos podem chegar.



O mar é rico exatamente porque ele permite que todos os rios, grandes e pequenos, neles deságuem e lhe tragam as suas riquezas. Muitos homens excluem com facilidade os outros e deixam de receber suas riquezas. O mar interliga as nações, une os povos, aceita a simples canoa do pescador e também o gigantesco transatlântico.

Ele não discrimina nada e ninguém, é "pobre de espírito", por isso é muito rico. Ele está pronto a dar o seu peixe ao pobre pescador e à grande companhia de pesca que o desbrava.

Ele está aberto dia e noite para todos; não cobra impostos para ser usado e respeita os limites que as montanhas lhe colocaram. Ele só faz mal a quem não conhece a sua natureza e desrespeita as suas leis.



Olhe para o céu, ele nos ensina muitas maravilhas; antes de tudo é imenso, maior do que a terra e o mar, não pode ser medido; os cientistas se angustiam procurando os seus limites insondáveis.

Eles sabem que o universo se expande com uma velocidade fantástica! Ninguém sabe onde ele termina. Penso que Deus o fez assim incomensurável, para nos deixar uma pequena amostra de Sua infinitude e ninguém jamais duvidar da Sua grandeza e do Seu poder.



Olhe para os pássaros do céu, como disse Jesus, não ceifam nem recolhem os frutos nos celeiros, mas não lhes falta o alimento de cada dia. O Pai do céu cuida de cada um deles. Eles se reproduzem sem interrupção e não ficam preocupados se vão poder ou não alimentar os seus filhotes. Quando algum malvado destrói o seu ninho, eles não desanimam, voam em busca de outro lugar e recomeçam tudo de novo.



Toda a natureza nos dá belas lições. Que beleza a água! Mata a nossa sede e a de todos os seres vivos; limpa o que é sujo, refresca o calor, sustenta a vida na terra. Embora seja o elemento mais importante da natureza, é o mais simples: dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio.

Em sua simplicidade ela [água] nos ensina como devemos viver: não se nega a ninguém; mata a sede do rico e do pobre, desce do céu para os bons e para o maus, sem distinção, aceita ficar suja para limpar os outros; aceita ser fervida para amolecer a comida, aceita virar gelo para conservar o frio, aceita ser acumulada para gerar a força das hidrelétricas; aceita sumir na terra para saciar a planta...

Depois de usada, aceita voltar para as nuvens e retornar para a terra a fim de começar tudo de novo, sem se cansar. Quanta lição!



Olhe para a minúscula semente. Nela há uma humildade enorme. Ela contém toda a vida de uma enorme árvore que ainda não existe, e aceita desaparecer e morrer na terra para dar a vida. Ela é extremamente pequena, mas sua força é descomunal.

Ela não escolhe a terra para produzir; aceita qualquer solo em que a lancem; e faz de tudo para florescer, sem reclamar.

Felipe Aquino

A realidade do Amor de Deus por nós



Em cada ser humano existe uma necessidade primeira, antes mesmo das necessidades biológicas, e esta necessidade é a de que cada pessoa precisa sentir-se amada de forma única, pessoal, incondicional.

Deus, que é amor, marcou-nos profundamente com o desejo de receber e dar amor para que nos desenvolvêssemos.E isso não somente a nível biológico e psicológico, mas há no homem o desejo profundo se ser amado por um amor que transcende sua realidade física.

O homem é um ser religioso por natureza,por isso a coisa mais fascinante que pode acontecer com o ser humano é o fato de experimentar-se amado e querido por Deus com esse amor único, de predileção.

Somente isso pode preencher o vazio e o sentimento de isolamento que sentimos tantas e tantas vezes em nossa vida.Santo Agostinho fala desse sentimento tão conhecido de todos nós, e o denomina "sede de Deus":

"Fizeste-nos para ti e inquieto está nosso coração, enquanto não repousa em ti."

Jesus,a Palavra de Amor do Pai à humanidade, veio anunciar a Boa-nova de que fomos e somos amados, cada qual de maneira singular,individualmente, por Deus, a quem Ele nos ensinou a chamar de "abbá", papaizinho...

Deus se debruça sobre sua criatura com amor paterno, cuidador, misericórdioso...nós somos suas criancinhas, nós somos o foco do Seu Amor.

No cerne da criação está o Amor, o Amor Divino, um Amor tão grandioso que a nós é impossivel definí-lo, mas unicamente acolhe-Lo pela Fé. A fé do bebê, que mesmo sem compreender a profundidade do amor de sua mãe, experimenta seus cuidados a cada instante.

Esse Amor pessoal e íntimo que o Senhor tem por mim e por você é o sentido maior de nossas vidas. Sem Ele estaríamos perdidos, vagando como fugazes existências. Mas esse Amor é real, e deixa-se encontrar por aqueles que o buscam.(Sl 118,132)

Quando experimentamos esse Amor nos termos mais profundos de nossa alma, nenhuma outra realidade pode ser mais pertubadora, mais radicalmente curadora, mais completamente transformadora do que esta.

E esse Amor quer fazer sua obra em nós...basta que apenas abramos nosso coração...

O que é o Amor pelos olhos de uma criança?



O que é o amor?
Esta foi uma pesquisa feita por profissionais de educação e psicologia dos Estados Unidos com um grupo de crianças de 4 a 8 anos.



As crianças são sábias... vamos aprender juntos???

Respostas:

"Amor é quando alguém te magoa, e você, mesmo muito magoado, não grita, porque sabe que isso fere seus sentimentos" - Mathew, 6 anos

"Quando minha avó pegou artrite, ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô, desde então, pinta as unha para ela. Mesmo quando ele tem artrite" - Rebecca, 8 anos

"Eu sei que minha irmã mais velha me ama, porque ela me dá todas as suas roupas velhas e tem que sair para comprar outras" - Lauren, 4 anos

"Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muito amigos, mesmo conhecendo há muito tempo" - Tommy, 6 anos

"Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente" - Billy, 4 anos

"Amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela" - Chrissy, 6 anos

"Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes, ara ter certeza que está do gosto dele" - Danny, 6 anos

"Amor é o que está com a gente no natal, quando você pára de abrir os presentes e o escuta" - Bobby, 5 anos

"Se você quer aprender a amar melhor, você deve começar com um amigo que você não gosta. - Nikka 6 anos.

"Quando você fala para alguém algo ruim sobre você mesmo e sente medo que essa pessoa não venha a te amar por causa disso, aí você se surpreende, já que não só continuam te amando, como agora te amam mais ainda" - Samantha , 7 anos

"Há dois tipos de amor, o nosso amor e o amor de deus, mas o amor de deus junta os dois" - Jenny, 4 anos

"Amor é quando mamãe vê o papai suado e mal cheiroso e ainda fala que ele é mais bonito que o Robert Redford" - Chris, 8 anos

"Durante minha apresentação de piano, eu vi meu pai na platéia me acenando e sorrindo. Era a única pessoa fazendo isso e eu não sentia medo" - Cindy, 8 anos

"Não deveríamos dizer eu te amo a não ser quando realmente o sintamos. e se sentimos, então deveríamos expressá-lo muitas vezes. As pessoas esquecem de dizê-lo" - Jessica, 8 anos

"Amor é se abraçar, amor é se beijar, amor é dizer não" - Patty, 8 anos

"Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro" - Mary Ann, 4 anos

"Deus poderia ter dito palavras mágicas para que os pregos caíssem do crucifixo, mas ele não disse isso. Isso é amor" - Max, 5 anos".


Disse-lhes Jesus: Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham. (Mt 19,14)

Ama-me do jeito que és



Olá, Eu sou Jesus...aquele que te ama mais do que podes imaginar...Hoje tenho necessidade de te dizer umas coisas...

Conheço tua miséria, os combates e as tribulações de teu coração, a fraqueza e as enfermidades de teu corpo; sei de tua covardia, de teus pecados, de teus desfalecimentos. Mesmo assim: dá-me teu coração; ama-me como és.

Se esperas ser perfeito para entregar-te ao amor, nunca amarás. Mesmo recaindo sempre naquelas faltas que gostarias de nunca teres conhecido, mesmo sendo covarde na prática da virtude; não deixes de me amar. Ama-me do jeito que és. A cada instante e em qualquer situação em que te encontrares, no fervor ou na aridez, na felicidade ou na infelicidade.


Ama-me do jeito que és. Quero o amor do teu pobre coração.

Será que eu não poderia transformar cada grão de areia num Serafim resplandecente de pureza, nobreza e amor? Será que eu não poderia, com um único aceno de minha vontade, fazer surgir do nada milhares de santos, mil vezes mais perfeitos e amorosos do que aqueles que já criei? Deixa-te amar por mim: desejo teu coração.

Claro que pretendo melhorar-te. Até lá, amo-te como és. E quero que tu faças o mesmo; quero ver, lá do fundo de tua miséria, subir o amor.

Amo em ti até a fraqueza. Gosto do amor dos pobres, quero que da tua própria inteligência suba sem cessar este grito: “Senhor eu te amo!”

O que importa para mim, é o cantar do teu coração. Que necessidade tenho de tua ciência, de teus talentos? Não são virtudes que espero de ti. Até se eu te desse algumas, és tão fraco(a) que logo apareceria o amor próprio subindo-te à cabeça: não te importes com isso.


Eu poderia ter-te destinado a grandes coisas. Entretanto não passarás de servo(a) inútil; tirarei até o pouco que tens pois te criei apenas para o amor. Ama! O amor fará com que realizes tudo o mais sem perceber. Não procures outra coisa senão preencher o momento presente com amor. Hoje, qual mendigo, fico esperando à porta de teu coração, Eu, o Senhor dos Senhores.


Abre logo, não me faças esperar, alegando tua miséria. Tua indigência, se a conhecesses plenamente, morrerias de dor. A única coisa que poderia ferir-me o coração seria ver-te duvidando de mim.


Quero que penses em mim a cada hora do dia e da noite; quero que até a ação mais insignificante seja feita pr amor.


Na hora do sofrimento, eu serei tua força. Se me amares, farei com que ames muito além do que podias sonhar. Lembra-te, porém: ama-me do jeito que és! Não esperes ser santo(a) para entregar-te ao amor! Do contrário, nunca me amarás.


Lembra-te mais ainda que a santidade que sonhas consiste, acima de tudo, em deixar-te amar por mim”. Somente essa experiência será transformadora de vida. O que te peço é que acolhas o meu amor, que é pura gratuidade e misericórdia. Eu Sou o Amor primeiro, Amor fonte de amor.

Entrega tua vida em minhas mãos de Pai, que te conheço e te chamo pelo nome. Eu te criei por amor e meu amor é que dá vida e santidade! O que busco és tu mesmo(a), a obra prima que criei para minha glória! Conheço tua beleza, tua capacidade de ser bom, criatura feita à minha imagem e semelhança! Deixa-te conduzir por mim” é o que eu te peço hoje. ENTREGA-TE AO MEU AMOR!

Eu te amo muito, e estou com saudades...

Teu Jesus



Extraido do livro: "Cristo minha vida."
dedicado a um filho muito amado,ovelha fugida...(eu e Jesus nunca desistiremos, meu filho!Por você deixamos as 99...)
e a todos os que lutam com suas fraquezas para amar Jesus...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ó toque Delicado


Ó Vida Divina, tu não tocas para matar, mas para dar a vida; tu não feres, senão para curar. Quando castigas, tocas ligeiramente e isso basta para consumir o mundo. Quando afagas, pousas deliberadamente a tua mão forte, a doçura da tua carícia não tem medida.

Ó Mão Divina, feriste-me para me curar; fazes morrer em mim o que me priva da vida de Deus, em quem agora me vejo vivo. E fazes isso pela tua graça generosa, através do toque daquele que é "o esplendor da tua glória, a figura da tua substância" (He 1,3), o teu Filho único, a tua Sabedoria que "se estende com vigor de uma extremidade do mundo até à outra" (Sb 8,1).

Ele, o teu Filho único, Mão misericordiosa do Pai, é o toque delicado com que me tocaste, feriste e queimaste interiormente.

Ó toque delicado, Verbo Filho de Deus, tu penetras subtilmente na nossa alma pela delicadeza do teu ser divino; toca-la tão delicadamente que a absorves totalmente em ti, de uma forma tão divina e tão suave "que nunca de tal se ouviu falar em Canaã, nunca tal se viu no país de Temã" (Ba 3,22).

Ó toque delicado do Verbo, tão mais delicado para comigo quanto, derrubando as montanhas e quebrando os rochedos do monte Horeb pela sombra do poder que te precedia, te fizeste sentir pelo profeta Elias de forma tão suave e forte "no delicado murmúrio do ar" (1 Re 19,11).

Como és tu brisa ligeira e subtil? Diz-me como tocas de forma tão leve e delicada, ó Verbo, Filho de Deus, tu que és tão poderoso e terrivel? Feliz, mil vezes feliz, a alma que tocas de forma tão delicada!... "Tu a guardas no segredo da tua face, isto é, do teu Verbo, do teu Filho, ao abrigo das intrigas dos homens" (Sl 30,21).

São João da Cruz

Tu és GRATUIDADE



ícone da Trindade misericórdiosa amando o homem

Senhor,somente Tu podes afirmar EU SOU O QUE SOU; porém, nós, criados à Tua imagem, podemos repetir, cada um, "eu sou", confessando que derivamos de Ti e que nossas palavras são apenas eco das Tuas. Reconhecemos que Tu és o grande Original do qual nós somos, pela Tua bondade, cópias gratas porém imperfeitas.

Ensina-nos, ó Deus, que Tu não tens necessidade de nada. Se algo Te fosse necessário, isso seria a medida da Tua imperfeição, e já não serias Deus. Tu és plenitude, És a plena felicidade,nada te falta, Senhor.

Se nada é necessário a Ti, então também ninguém é necessário, e esse ninguém nos inclui. Mas Tu nos buscas, embora não tenhas necessidade de nós.És plena Gratuidade, já que ao nos buscar, nós é que somos os únicos beneficiados.

Tu nos enches de Ti mesmo e isso é nossa realização, e como não agradecer que, sendo Tu completo, queres a nós, pobres "Nadas", que temos para Te dar somente a nossa própria Miséria e indigência.

E fazes isso não para Te engrandeceres, visto que já és a própria e infinita grandeza, mas para nos elevar. E elevando nosso nada não ganhas nada! Ah amor de Deus! Ah, gratuito amor de Deus!

Nós Te buscamos porque precisamos de Ti, pois em Ti vivemos, nos movemos e existimos(At 17,28).

Obrigado Senhor, por seres quem és......GRATUIDADE!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Papa Bento XVI reza pelas vítimas de inundações no mundo




Angelus: Bento XVI recorda as vítimas de inundações, os migrantes e João Paulo II.


O Papa Bento XVI pediu neste domingo, durante a oração mariana do Angelus, força para todas aquelas pessoas que deixaram seus países em busca de melhores condições de vida, recordou o recente anúncio da beatificação do Papa João Paulo II, que terá lugar no dia 1º de maio próximo, e lembrou as pessoas atingidas por graves inundações em várias partes do mundo, assegurando as suas orações.


“Quero assegurar minha especial recordação na oração pelas populações da Austrália, Brasil, Filipinas e Sri Lanka, recentemente atingidas por enchentes devastadoras. Que o Senhor acolha as almas dos defuntos, dê força aos desabrigados e apóie o trabalho daqueles que estão ajudando a aliviar o sofrimento e o desconforto”.


Diante de milhares de peregrinos e fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Papa também se referiu à beatificação de seu predecessor, João Paulo II, anúncio que foi feito sexta-feira passada depois de ter promulgado o decreto reconhecendo um milagre atribuído à intercessão do Papa polonês, da cura inexplicável de uma religiosa francesa, Marie Simon Pierre, que sofria de Mal de Parkinson desde 2001.


“Queridos irmãos e irmãs, como todos sabem, no dia 1º de maio terei a alegria de proclamar Bem-aventurado o Venerável João Paulo II, meu amado predecessor. A data escolhida é significativa: será, de fato, o II Domingo de Páscoa, que ele mesmo dedicou à Divina Misericórdia, e na véspera do qual encerrou a sua vida terrena. Aqueles que o conheceram, aqueles que o estimaram e amaram, não podem deixar de se alegrar com a Igreja por este evento”.


Momentos antes o Santo Padre recordou que neste domingo celebramos o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, “que a cada ano nos convida a refletir sobre a experiência de tantos homens e mulheres, e de tantas famílias que deixam seus países em busca de melhores condições de vida”. Esta migração é, por vezes voluntária, - destacou Bento XVI - mas às vezes, infelizmente, é forçada pela guerra ou perseguições, e ocorre freqüentemente - como sabemos - em condições dramáticas. Por isso foi criado há 60 anos, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.


Em seguida o Pontífice sublinhou que na festa da Sagrada Família, logo após o Natal, recordamos que também os pais de Jesus tiveram que fugir da sua terra natal e refugiar-se no Egito, para salvar a vida de seu menino, o Messias, o Filho de Deus foi um refugiado.


“A Igreja desde sempre vive dentro de si a experiência da migração. Às vezes, infelizmente, os cristãos se sentem obrigados a deixar, com sofrimento, as suas terras, empobrecendo assim os países onde seus antepassados viveram. Por outro lado, os movimentos voluntários dos cristãos, por diversos motivos, de uma cidade para outra, de um país para outro, de um continente para outro, são uma oportunidade para aumentar o dinamismo missionário da Palavra de Deus e faz com que o testemunho da fé circule ainda mais no Corpo Místico de Cristo, atravessando os povos e as culturas, e alcançando novas fronteiras, novos ambientes”.


Bento XVI depois dirigiu o seu pensamento para o tema da mensagem que escreveu para o dia de hoje: “Uma só família humana".


“Um tema que indica a finalidade, o objetivo da grande viagem da humanidade através dos séculos: formar uma única família, naturalmente com todas as diferenças que a enriquecem, mas sem barreiras, reconhecendo-nos todos irmãos. Assim diz o Concílio Vaticano II: ‘Todos os povos constituem uma só comunidade. Eles têm a mesma origem, pois Deus fez habitar todo o gênero humano sobre toda a face da terra’ (Dich. Nostra aetate, 1)”.


A Igreja - diz ainda o Concílio, continuou o Papa -, “é em Cristo como sacramento, isto é, sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano” (Lumen gentium, 1). Por isso, é essencial que os cristãos, mesmo espalhados por todo o mundo e, portanto, diversos nas suas culturas e tradições, sejam uma só coisa, como deseja o Senhor.


É esta a finalidade da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que se realizará entre os dias 18 e 25 de janeiro. Este ano a Semana se inspira numa passagem dos Atos dos Apóstolos: “Unidos no ensinamento dos Apóstolos, na comunhão, no partir o pão e na oração”(Atos 2:42). Recordamos que no Brasil a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos se realiza entre a Ascensão e Pentecostes.


Bento XVI lembrou em seguida que o oitavário pela Unidade dos Cristãos será precedido, nesta segunda-feira, pelo dia do diálogo judaico-cristão: uma abordagem muito significativa, que lembra a importância das raízes comuns que unem judeus e cristãos.


Na conclusão de suas palavras o Papa confiou a Nossa Senhora todos os migrantes e aqueles que se dedicam ao trabalho pastoral entre eles. Maria, Mãe da Igreja, também nos ajude a realizar progressos no caminho rumo à plena comunhão de todos os discípulos de Cristo. Enfim o Santo Padre concedeu a todos a sua Benção Apostólica.

Fonte: Rádio Vaticano

domingo, 16 de janeiro de 2011

A doença que Cura



Essa é a história de um médico que havia muitos anos estava afastado de Deus. Havia sido criado por pais católicos,mas depois da morte repentina do pai de infarte fumilnante uma semana antes da sua formatura, decidiu que não mais acreditaria em Deus.

Decidiu expecializar-se em cardiológia, porque dizia, já que Deus não existe e não pode ajudar ninguém, ele faria isso, dando aos outros o que Deus que seu pai tanto amava não pudera lhe dar.

Um dia chegou ao hospital um caso de um menino que ingressara na emergência com um precário estado de saúde. Os exames demonstraram que o coração do menino tinha uma deficiência grave.

Seus pais eram muito católicos, e consolavam-se dizendo que Deus tinha um propósito na doença de seu filho.O médico, ao ouvir isso, incomodava-se e dizia para si mesmo o quanto era irracional essa fé. " Deus não existe, Ele não pode ajudar!" Falava interiormente.

Ele disse aos pais: Seu filho está gravemente doente, e não sei o que será necessário fazer para salvá-lo, e nem sei se existe solução.Vou ter que operá-lo amanhã.

-Mas Deus é que tem a última palavra, doutor!" Disse o pai, chorando, mas com convicção.

-Acho que nem Ele é capaz de fazer algo pelo seu filho, senhor."Disse o médico sético.

-Sim, Deus está no comando, doutor, e essa doença do meu filho tem um motivo maior!"

O médico calou-se, mas lá no fundo riu-se dessa fé, dizendo: " Esta fé não salvou meu pai. Se Deus existe, Ele não pode fazer nada, e se não pode fazer nada, não é um Deus que vale apena acreditar."

No outro dia, o médico foi examinar o menino, que estava junto aos seus pais, rezando o Terço. Ficou meio sem jeito, mas interrompeu dizendo:

-Preciso conversar com esse mocinho!.... Bom dia campeão..."

-Bom dia doutor", disse o menino sorrindo.

-Vejo que está bem hoje,não é!"

-Estou, quando rezo fico bem!"

-Então, seus pais te falaram da sua doença?

-Sim, disseram que Papai do céu está no comando. Eu confio nisso!

-Amanhã de manhã eu vou ter que abrir o seu coração pra tentar te curar.

Explicava o cirurgião para uma criança.

E a criança o interrompeu:

-Você encontrará Jesus no meu coração?

O cirurgião olhou para ele, e continuou:

-Eu vou ter que cortar uma parede do seu coração para ver o dano completo.

-Mas quando você abrir o meu coração, encontrará Jesus lá? A criança voltou a interrompê-lo.

O cirurgião se voltou para os pais, que estavam sentados em silêncio.

-Quando eu tiver visto todo o dano causado, planejaremos o que fazer em seguida.

-Mas você encontrará Jesus em meu coração? Meus pais dizem que Ele mora lá. Todos que acreditam Nele dizem que Ele vive lá... Então você vai encontrá-lo no meu coração?

O cirurgião pensou que era suficiente e lhe explicou:

-Após a operação, te direi o que encontrei em teu coração, de acordo, campeão?
Mas no pensamento dizia "Eu tenho certeza que encontrarei músculo cardíaco danificado, baixa resposta de glóbulos vermelhos, e fraqueza nas paredes e vasos.

-Mas você encontrará Jesus no meu coração dodoi né, doutor? Mamãe e papai disseram que lá é sua casa, que Ele vive ali, sempre está comigo!

O cirurgião não tolerou mais os comentários insistentes e se foi. Em seguida, ele se sentou em seu consultório e começou a gravar seus estudos prévios para a cirurgia: Aorta danificada, veia pulmonar deteriorada, degeneração muscular cardíaca maciça. Sem possibilidades de transplante, dificilmente curável.

Terapia: analgésicos e repouso absoluto.

Prognóstico: fez uma pausa e em tom triste disse:

-Três meses de vida, no máximo.

Então, parou o gravador.

Mas de repente disse em voz alta:

-Por quê?

Neste instante surgiu uma grande raiva em seu coração. E querendo colocá-la para fora, pela primeira vez depois de muitos anos, decidiu falar com Deus(é, era estranho para ele isso), mas quis fazê-lo para colocar para fora seu ódio. Então começou:

-Por que acontece isso com essa criança? O Senhor a colocou aqui, nessa dor e já a havia condenado a uma morte precoce. Por quê?Se você existe, como você é injusto, cruel e indiferente?

De repente, depois de um silêncio, ouviu uma voz suave, mas ao mesmo tempo forte e segura que lhe respondeu:

-Esta criança é muito amada por mim e não lhe sou indiferente, pelo contrário, é minha ovelha e logo estará no seu verdadeiro rebanho,onde eu, seu Pastor, cuidarei dela, porque ele é parte de mim e comigo estará por toda a eternidade.
Aqui no céu, em meu rebanho, já não terá nenhuma dor, será consolado de uma forma inimaginável para ti ou para qualquer outra pessoa. Seus pais, um dia, se unirão com ele, conhecerão a paz e a harmonia juntos em meu Reino e meu rebanho sagrado continuará crescendo.

O cirurgião começou a chorar muito, mas sentiu ainda mais raiva, não entendia as razões. E replicou:

-Tu criastes este menino, e também seu coração para quê? Para que morresse em poucos meses?

O Senhor lhe respondeu:

-Minha criança veio ao mundo com um motivo, uma missão,e sua missão na terra já se cumpriu. Há alguns anos atrás enviei uma ovelha minha com um dom, o da medicina, para que ajudasse a seus irmãos, mas por causa de profundas perdas feriu-se, culpando-me por esta dor, e mesmo com tantos conhecimentos na ciência se esqueceu de seu Criador.E esta ovelha é você.

Então enviei outra de minhas ovelhas, este menino enfermo,não para que sofresse e sim para que a ovelha perdida há tanto tempo voltasse para mim. Para que através da doença de seu pequeno coração o coração desta minha outra ovelha fosse curado.

Então o cirurgião chorou e chorou inconsolavelmente.

Dias depois, após a cirurgia, o médico sentou-se ao lado da cama do menino, enquanto seus pais estavam a frente do médico.

O menino acordou e murmurando rapidamente perguntou:

-Abriu meu coração?

-Sim. Disse o cirurgião.

-O que encontrou? Perguntou o menino.

Tinha razão, reencontrei Jesus lá.


"Tudo concorre para o bem dos amam a Deus" (Rm 8,28)

sábado, 15 de janeiro de 2011

Eucaristia


"Fora da escuridão de minha vida, tanto frustrado, eu apresento a você a única grande coisa para se amar na terra: O Santíssimo Sacramento. nEle você irá encontrar romance, glória, honra, fidelidade, e o verdadeiro caminho de todos os Seus amores na terra...o que o coração de cada homem deseja."


J.R.R. Tolkien
escritor de O Hobbit, O Senhor dos Aneis e O Silmarillion,escreveu este trecho a seu filho.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

João Paulo II será beatificado



O papa João Paulo II, que morreu em 2005, será beatificado em 1º de maio de 2011 (Festa da Misericórdia), informou nesta sexta-feira o Vaticano. A beatificação é o primeiro grande passo para a canonização na Igreja Católica.

O papa Bento XVI promulgou nesta sexta-feira o decreto reconhecendo o milagre pela intercessão de Karol Josef Wojtyla.

A freira francesa Marie Simon-Pierre, 47, foi repentinamente curada de mal de Parkinson, dois meses depois da morte de João Paulo II, quando ela e uma irmã de congregação rezaram pela intercessão dele. Médicos que examinaram o caso concordaram que não há explicação médica para a cura da freira e o milagre foi aceito.

Em geral, as fases iniciais dos processos de canonização levam décadas ou mesmo séculos. Mas em maio de 2005, um mês depois da morte de João Paulo II, seu sucessor abriu uma exceção, dispensando-o do prazo habitual de cinco anos após a morte do candidato a santo.

Esse era o pedido da multidão que acompanhou o funeral do papa, em 8 de abril de 2005, com gritos de “santo súbito” (santo imediatamente).

Depois da cerimônia de beatificação, quando João Paulo II receberá o título de Bem-aventurado, a Igreja Católica terá que provar um segundo milagre para que ele se torne santo.

O pontificado de João Paulo II foi um dos mais históricos e turbulentos dos tempos modernos. Durante esse período, os regimes comunistas desmoronaram em toda a Europa Oriental, inclusive na Polônia, seu país natal.

Primeiro não italiano no cargo em 450 anos, ele foi gravemente ferido em um atentado em 1981. Nos últimos anos, o papa sofria do mal de Parkinson.

Fonte: Folha de São Paulo .


Veja também AQUI no blog sobre o milagre que ajudou na beatificação de João Paulo II :

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

VENHA LOGO!




Quando você se levantou pela manhã, eu havia preparado o sol para aquecer o seu dia e o alimento para sua nutrição:
sim, eu providenciei tudo isso enquanto vigiava o seu sono, sua família e sua casa.

Esperei pelo seu "bom dia", mas você esqueceu.
Bem, você parecia ter tanta pressa que eu o perdoei.

O sol apareceu, as flores ofereceram seu perfume, a brisa de manhã lhe acompanhou e você nem lembrou que fui eu, que tinha procurado tudo isso pra você.

Seus familiares sorriam, seus colegas lhe saudaram, você trabalhou, viajou, realizou negócios, alcançou vitórias,
mas você não percebeu que eu estava cooperando com você o tempo todo e mais teria ajudado se você tivesse me dado alguma chance.

Eu sei, você correu tanto... Eu o perdoei.
Você leu bastante, ouviu muita coisa, viu mais ainda, e não teve tempo de ler e nem de ouvir minha palavra.

Eu quis falar, mas você não parou para ouvir. Eu quis lhe aconselhar, mas você nem pensou nessa possibilidade.

Seus sonhos, seus pensamentos, seus lábios seriam melhores.
O mal seria menos em sua vida.
A chuva que caía à tarde foram minhas lágrimas por sua ingratidão, mas foram também minha bênção sobre a terra para que não lhe falte pão e água.

Findou o seu dia.
Você voltou para casa.
Mandei a lua e as estrelas tornarem a noite mais bonita para lembrar-lhe o meu amor por você.

Certamente agora, você vai dizer um "obrigado" e um "boa noite".
Hei psiu... Esta me ouvindo? Já dormiu.

Que pena! Boa noite e durma bem. Eu fico velando por você.
Porque eu te amo, meu filho.
Estou esperando, venha logo, pois, amanhã pode ser tarde.Seja feliz,
Jesus.

Ano novo, coração novo


Um coração envelhecido é aquele que desistiu de amar

Estamos acostumados aos rituais, às comemorações, às celebrações. Quando um ano se encerra e outro se inicia, celebramos o Dia da Paz, a confraternização entre os povos. Quando um novo ciclo se inicia, somos convidados a renovar algo em nós. Quem sabe, neste novo ano, possamos ter um coração novo.

O coração é a metáfora dos sentimentos, das intenções. Um coração envelhecido é aquele que desistiu de amar, que não acredita na humanidade e que, consequentemente, se fecha. E é, por isso, solitário. A solidão pela ausência do amor envelhece o coração.
As desculpas para um coração envelhecido recaem nas decepções com as pessoas que amamos.

Reclamamos dos erros dos outros, lamentamos as atitudes incorretas de nossos irmãos e, assim, optamos pelo fechamento. Vivemos condenando nossa triste situação. Pais, filhos, amigos, parece que não há ninguém de valor a nosso lado. Pensamos como seria bom se eles mudassem, se eles melhorassem.

No ano que passou, vivi momentos de muita emoção. Um deles ao lado de meu querido irmão Dunga. Eu fazia uma pregação em um grupo de oração em Presidente Prudente (SP). Enquanto isso, ele compunha o refrão de uma música. A reflexão era sobre as mudanças que temos de fazer para que nosso irmão seja mais feliz. E o refrão diz exatamente isto: "Quem tem que mudar sou eu, para que você seja mais feliz".

Eu escrevi o restante da música que fala em aprendizado, em perdão, em saber ouvir, em lembrar que não há ninguém perfeito. E que talvez precisemos do tempo da boa ingenuidade de volta, do sorriso leve, dos sonhos dos primeiros encontros.
O tempo pode ser uma boa escola. Ele nos ensina a tolerância, o respeito às limitações do outro e às nossas próprias limitações, a bondade no julgar. É uma lição de vida a reflexão de Madre Teresa de Calcutá: "Quem julga as pessoas, não tem tempo para amá-las".

Às vezes, os pais exigem dos filhos algo que não podem dar. O inverso é verdadeiro. E na relação entre o casal também. Cada ser é único. E talvez grande parte dos erros não sejam intencionais.
Meu irmão, não espere que o outro mude. Mude você. Diga à pessoa que você ama: "Quem tem que mudar sou eu, para que você seja mais feliz". E, se precisar, complete com o pensamento de Madre Teresa: Não vou perder tempo julgando, quero gastar esse tempo amando.

E é esse o convite para o novo ano. A consciência de que a sua família será melhor se você for melhor. Que o seu trabalho será melhor se você for melhor. Que o mundo, esse grande coração que pulsa, será renovado se o seu coração for renovado.
Feliz ano novo, feliz coração novo.
Gabriel Chalita