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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Contra quem lutamos?

-


Ele já tinha todas as rugas do tempo
quando o encontrei pela primeira vez.Era um eremita,mas

queixava-se de que tinha muito a fazer.


Perguntei-lhe como era possível que em
sua solidão, tivesse tanto trabalho...



- Tenho que domar dois falcões, treinar
duas águias, manter quietos dois coelhos,
vigiar uma serpente, carregar um asno e
dominar um leão - disse ele.

- Não vejo nenhum animal perto do local
onde vives.
Onde eles estão?
Ele então explicou:
- Estes animais, todos os Homens tem!



- Os dois falcões se lançam sobre tudo o
que aparece, seja bom ou mau.
Tenho que domá-los para que se fixem
sobre uma boa presa.








São meus olhos.









- As duas águias, ferem e destroçam com
suas garras.
Tenho que treiná-las para que sejam úteis
e ajudem sem ferir.



São as minhas mãos!








- Os dois coelhos, querem ir aonde lhes
agrada.
Fugindo dos demais e esquivando-se das
dificuldades...
Tenho que ensinar-lhes a ficarem quietos,
mesmo que seja penoso, problemático ou
desagradável.





São meus pés!











- O mais difícil é vigiar a serpente apesar
de estar presa numa jaula de 32 barras,
mal se abre a jaula, está sempre pronta
para morder e envenenar os que a rodeiam,
se não a vigio de perto, causa danos.





É a minha língua!











- O burro é muito obstinado, não quer
cumprir com suas obrigações.
Alega estar cansado e se recusa a transportar
a carga de cada dia.






É meu corpo!











- Finalmente, preciso dominar o leão...
Ele sempre quer ser o rei, o mais importante.
É vaidoso e orgulhoso.






É o meu coração!



 autor: desconhecido

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Música NAS ASAS DO SENHOR- Celina Borges



Sei que os que confiam no Senhor 
Revigoram suas forças, suas forças se renovam 
Posso até cair ou vacilar, mas consigo levantar 
Pois recebo d’Ele asas 
E como águia, me preparo pra voar 

Eu posso ir muito além de onde estou 
Vou nas asas do Senhor 
O Teu amor é o que me conduz 
Posso voar e subir sem me cansar 
Ir pra frente sem me fatigar 
Vou com asas, como águia 
Pois confio no Senhor! 

Que me dá forças pra ser um vencedor 
Nas asas do Senhor 
Vou voar! Voar! 




"Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão

com asas como águias; correrão, e não se cansarão;

caminharão, e não se fatigarão" (Isaías 40,31).

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O TRIBUNAL DA MISERICÓRDIA



O Único tribunal do mundo em que você entra, declara-se culpado e sai completamente absolvido...

Deus, tu és MISERICÓRDIA!

A gratidão de um pródigo...

Um dia pedi minha herança, a divisão dos bens e parti...


O coração de meu Pai entristeceu-se. Mas, como sempre, respeitou minha decisão, deixou-me livre... Deixou-me sair...


Conheci os caminhos da vida, enfrentei a maldade do mundo, fiz de tudo para sentir-me feliz...fui muito longe em minha procura.



Foi em vão. Nada me fazia feliz; ninguém preenchia meu vazio... Passei frio, passei fome de afeto, não consegui encontrar em ninguém o amor que Ele me ofertava.


No meio de profunda solidão e tristeza, meditei no âmago do meu ser: só uma pessoa é capaz de me acolher, aceitar e amar sem medidas. 






Só uma pessoa está sonhando com o meu regresso, querendo abraçar meu coração, querendo me encher de amor verdadeiro, sem perguntar nada, sem exigir nada, sem cobrar nada...


Fiz-me decidido e falei: Vou voltar, eis a exigência do meu coração!...



Ainda longe Ele me avistou.Correu; Nunca esquecerei seu olhar! Agarrando-me como se eu fosse suas próprias entranhas,abraçou-me.


 Senti o pulsar do Seu coração. Seu sorriso era tão luminoso que encheu a estrada de luz. 


Ansiava há tanto tempo por este momento, por deixar-me apertar nos Seus abraços, de  sentir a força do Seu amor, de permanecer para sempre ao Seu lado.Como sentia falta de meu PAI!


Em silêncio, senti a saudade no Seu peito, mas, no abraço, pouco a pouco, ela desapareceu. 


Não consegui perceber quem estava mais feliz,se eu ou se meu Pai, também isso pouco importava, porque, no verdadeiro amor, o coração pulsa em uníssono. O amor desse abraço era a única linguagem possível...Ali, no seu abraço, senti-me digno novamente. 




Ainda tentei dizer-lhe algumas coisas, de como eu não merecia este amor, mas Ele nem ouviu...inebriado de alegria gritou: Trazei a melhor roupa, anel e sandálias...meu filho VOLTOU!



A casa encheu-se de luz. Vestiu-me com roupas de festa, colocou-me o anel de família. Estávamos felizes.

Senti-me novamente vivo, como se meu coração voltasse a bater. Então exclamei: Como é bom estar em casa!

Mas senti falta de alguém. Pensei: Onde está meu irmão? Ao olhar pela janela percebi que ele estava lá fora, sozinho, sentado debaixo de uma árvore. Estava triste... E eu era  o motivo.

Não era capaz de partilhar nossa alegria; continuei olhando e percebi que meu irmão não estava sozinho. 




Aquele que me recebera com amor estava também ao seu lado, ouvindo seus lamentos, aceitando suas queixas, tentando abrir-lhe o coração.

Naquele momento, eu me perguntava quais sentimentos moviam aqueles corações? 


Meu irmão, com certeza, estava enciumado, não conseguia entender a generosidade daquele que me acolhera. Devia-lhe estar fazendo cobranças, falando de seu trabalho, de sua ajuda, de estar sempre por perto. 


De longe eu podia sentir toda ternura das palavras d´Aquele que o respondia. As palavras se faziam ouvir pelo silêncio: Não é bem assim... Abre seu coração para minha felicidade, somos uma família. Seu irmão estava morto, mas tornou para a VIDA...Tudo o que é meu é teu!




De súbito, o outro coração também se encheu de luz, porque aquele amor o atingiu.Num abraço meu Pai vencera também aquele coração! Meu irmão, como eu, também acabara de voltar. Aquela árvore então iluminou-se como o ventre da Virgem quando concebeu a  LUZ DO MUNDO. 

A festa foi verdadeira, houve o baile da GRAÇA, fez-se a presença do ESPÍRITO e aquele momento se fez SACRAMENTO de AMOR, pois mais um filho voltou ao lar...



Aquele que me acolheu era DEUS - O MEU PAI. 
Agora sei que tudo o que é Dele é meu também...já não quero sair, pois não há nada fora Dele que me dê felicidade. Sim, na simplicidade do colo do Pai encontrei meu lugar!...Como é bom estar nos braços do meu papai...para sempre!




Dedicado a todos os "filhos pródigos" que buscam pagar o abraço do Pai com suas vidas, em gratidão...


a todos os meus "filhos pródigos"...eu ainda os espero no caminho...sempre

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

João Paulo II, O Papa da Divina Misericórdia


- por: Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, Arcebispo de Sorocaba/SP.

Papa João Paulo II foi beatificado, ou seja, declarado pela Igreja bem-aventurado, em latim beatus, em grego makarios

A palavra bem-aventurança, em latim beatitudo, aparece no sermão da Montanha, quando Jesus proclama: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus”(cf. Mt 5). 

Algumas traduções colocam como sinônimo a palavrafelizes. A bem-aventurança é de fato o estado de felicidade plena prometido por Jesus aos que o seguissem fielmente. 

A beatificação é uma declaração da Igreja, através do papa, sobre a santidade de uma pessoa que viveu com radicalidade a mensagem de Jesus, podendo, pois, ser venerada pelos fiéis. 

O Rito de Beatificação de João Paulo II teve a presidência do Santo Padre o Papa Bento XVI, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, no segundo domingo da páscoa, domingo da Divina Misericórdia, festa litúrgica instituída pelo próprio João Paulo II. 

O milagre, exigência para a beatificação, foi a cura do mal de Parkinson de uma religiosa francesa Marie Simon-Pierre, do Instituto das Pequenas Irmãs das Maternidades Católicas. 

O mal foi diagnosticado em 2001. A cura se deu na noite de 2 para 3 de junho de 2005 quando ela tinha 44 anos. Com a notícia da morte de João Paulo II, que sofria da mesma doença, Ir. Marie e suas companheiras de congregação começaram a invocar a sua intercessão.

Ela narra a experiência por ela vivida: 

“Após o diagnóstico, era difícil para mim ver João Paulo II na televisão. Sentia-me, no entanto, muito próxima a ele na oração e sabia que podia compreender aquilo que ele vivia.

 Admirava também sua força e coragem, que me estimulavam a não me entregar e a amar este sofrimento. Somente o amor teria dado sentido a tudo isso. 

Era uma luta cotidiana, mas o meu único desejo era de vivê-la na fé e aderir com amor à vontade do Pai.” 

Com o anúncio do falecimento de João Paulo, a freira diz que sentiu como se o mundo tivesse vindo abaixo: "Havia perdido o amigo que me compreendia e me dava forças para seguir adiante. 

Naqueles dias, senti um grande vazio, mas tive também a certeza da Sua presença viva”. 

Em 14 de maio, um dia após a dispensa pontifícia dos cinco anos de espera para o início da Causa de beatificação, as irmãs de todas as comunidades francesas e africanas começaram a pedir incessantemente a intercessão de João Paulo II para a cura de Irmã Marie. 

Em 2 de junho de 2005, cansada e oprimida pela dor, a religiosa manifesta à Superiora a intenção de ser liberada do trabalho profissional, junto a um hospital, como enfermeira. No entanto, a Superiora convida-a a confiar na intercessão de João Paulo II. Irmã Marie passa uma noite tranquila e, ao despertar, se sente curada. 

As dores desaparecem e não sente nenhuma rigidez nas articulações. Era o dia 3 de junho de 2005, festa do Sagrado Coração de Jesus. Ao procurar seu médico, ele constata a cura. "Hoje posso dizer que o amigo que deixou nossa terra está agora muito próximo de meu coração. 

Fez crescer em mim o desejo pela Adoração ao Santíssimo Sacramento e o amor à Eucaristia, que tem um lugar prioritário na minha vida diária. O que o Senhor me permitiu viver por intercessão de João Paulo II é um grande mistério, difícil de explicar em palavras, mas nada é impossível para Deus", exclama.

“No dizer do diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Pe. Frederico Lombardi, a vida de João Paulo II e seu pontificado foram marcados “pelo desejo de dar a conhecer ao mundo todo a consoladora e entusiasmante grandeza da misericórdia de Deus”.

 Hoje, segundo domingo da Páscoa, por determinação de João Paulo, ficou sendo o domingo da Divina Misericórdia. Foi nesse mesmo dia, 30 de abril do ano 2000, que o Papa João Paulo II canonizou Santa Faustina. 

Entrego ao leitor dois pequenos trechos da pregação de João Paulo II na Missa de canonização da Santa: “Antes de pronunciar estas palavras, Jesus mostra as mãos e o lado. Isto é, indica as feridas da Paixão, sobretudo a chaga do coração, fonte onde nasce a grande onda de misericórdia que inunda a humanidade.

Daquele Coração a Irmã Faustina Kowalska, a Beata a quem de agora em diante chamaremos Santa, verá partir dois fachos de luz que iluminam o mundo: 

Os dois raios, explicou-lhe certa vez o próprio Jesus representam o sangue e a água.” "Jesus disse à Irmã Faustina: 'A humanidade não encontrará paz, enquanto não se voltar com confiança para a misericórdia divina'. 

Através da obra da religiosa polaca, esta mensagem esteve sempre unida ao século XX, último do segundo milênio e ponte para o terceiro. Não é uma mensagem nova, mas pode-se considerar um dom de especial iluminação, que nos ajuda a reviver de maneira mais intensa o Evangelho da Páscoa, para o oferecer como um raio de luz aos homens e às mulheres do nosso tempo”. 

Bem-Aventurado João Paulo II, rogai a Deus por nós!

Diálogos com um Deus delicado...



Ele assentou-se diante de mim, lavou-me os pés, colocou-me à mesa e partilhou o Seu Pão.

Falou-me ao ouvido, respondi em silêncio e, silenciosamente, iniciamos um diálogo... Eu entendia tudo. Algumas vezes, mandava-me calar e me dizia que só a linguagem do coração era necessária.E eu, que ainda estava aprendendo a falar ,assim, escutei-o.


Então, abri o coração para Ele, que o aceitou e, com carinho, o envolveu com sua mão. Jamais senti tanta ternura. Pensei como o salmista: "O que é o homem para que dele vos lembreis?"!..(Sl 8,5).



Foi então que descobri e experimentei que só Ele é AMOR! Rios de uma ternura transbordante penetraram meu coração e me fizeram exclamar: "Teu amor me ultrapassa, Senhor!". Ele sorriu-me...



Como poderei corresponder a esse AMOR? Naturalmente, nasceu no fundo de mim a exigência mais forte: Eu não quero deixar de AMÁ-LO, Ele é a força, o sentido do meu caminhar...Decidi, então, render-me.



Ele mesmo me diz: "Sem MIM nada podeis fazer"(Jo 15, 1-8) e percebo: Só Ele tem palavras de VIDA ETERNA (Jo 6,68).




O diálogo continua...

Em silêncio me fala...

Com silêncio respondo...




Tu, Senhor, sendo o Amor, respeita-me e, de algum modo, sei que este imenso amor não prescinde da minha liberdade e das minhas opções e escolhas. 




Chama-me, convida-me, seduz-me, mas não violenta minha livre escolha. Bate à porta (Ap 3, 20), mas aguarda, delicado, que Lhe permita entrar na casa do meu coração.




Inspira-me, ilumina-me, mas deixa-me sempre livre para aderir, para co-responder.


Tu, meu Deus e meu Pai do Céu, ensina-me a divina delicadeza do amor!





Tu confias no homem, respeita a sua liberdade e sabes esperar.

Por delicadeza do amor, Tu  não castiga-nos, não fere-nos, não magoa-nos...Tu nos amas, com a onipotência do Teu amor que é mais forte que a morte(Ct 8,6)..






Tu não nos forças, não nos pressionas , não reclamas...Tu, em tua paciente Misericórdia, espera-nos, como o Pai do filho pródigo no caminho (Lc 15, 11-32).


Tu estás debruçado sobre nós, com amor, para nos abraçar em Tua divina ternura, para nos repassar Teu carinho INFINITO, para nos pegar no colo, como uma mãe!(Is 49)






Quero que minha vida seja  uma sinfonia do Teu amor delicado,ó Deus!

E aos poucos sei que meu pequeno amor, meu coração, minha maneira de ser e agir será cada vez mais como a Tua: Delicada, mansa, paciente, carinhosa, terna...




E ficarei mais semelhante a Ti, meu bom Deus e meu Pai!