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terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Eucaristia: revelações de Jesus a Santa Catarina de Sena sobre o sacramento do Amor


Jesus disse à Santa Catarina as seguintes
palavras sobre a Eucaristia: “Vós recebestes
toda a essência divina neste dulcíssimo
Sacramento sob a brancura do pão. E como o
sol não pode dividir-se, assim Aquele que é todo
Deus e todo homem não pode dividir-se na
brancura da Hóstia. Imaginemos uma Hóstia
dividida: ainda que fosse esmigalhada em mil
pedaços, cada um deles é o Cristo todo Deus e
todo homem. Assim como se quebra um espelho
mas não se quebra a imagem que se vê, assim,
dividindo essa Hóstia, não se divide nem Deus,
nem o homem, mas em cada uma das partes
está tudo e não diminui em si mesmo, como
acontece com o fogo; vejamos esse exemplo: se
tu tivesses uma chama e todo o mundo viesse
acender a sua vela nesta chama, ela não diminuiria
por isso e todos teriam uma chama completa.
É verdade que existe quem participa mais ou
menos desta chama, porque cada um recebe o
fogo segundo a sua capacidade.
E para que tu entendas melhor eu te
dou outro exemplo: se muitas pessoas tivessem
uma vela e uma tivesse uma onça de cera, outra
duas, outra seis, outra uma libra e outra mais
de uma libra e todas acendessem a sua vela na
mesma chama, a verdade é que em cada vela
acesa, grande ou pequena, se veria a chama
completa, o mesmo calor, a mesma cor e a
mesma luz; apesar disso tu dirias que aquele que
possui somente uma onça de cera tem menos
luz do que àquele que tem uma libra. Assim
acontece com esse Sacramento. O homem
leva a sua vela, que é o santo desejo com o qual
recebe este Sacramento; mas a vela está apagada,
somente se acende quando recebe a Eucaristia.
Portanto, se bem todos tenham uma mesma
matéria, porque todos foram criados à minha
imagem e semelhança e como cristãos possuem
a chama do santo batismo; cada um cresce em
amor e virtude, segundo a própria vontade e
mediante a minha graça. Não é que podem
mudar a vida sobrenatural que eu dou, mas
podem crescer no amor às virtudes, usando o livre
arbítrio, com virtude e com caridade enquanto
ainda há tempo; porque terminado o tempo,
não é mais possível crescer."

domingo, 8 de novembro de 2009

A "Fraqueza" de Deus




“O Amor é ainda a fonte mais plena para a resposta à pergunta acerca do sentido do sofrimento. Esta resposta foi dada por Deus ao homem na Cruz de Jesus Cristo”(João Paulo II)


Em nossos sofrimentos muitas vezes fazemos uma recorrente pergunta a nós mesmos: "Onde está Deus?".Certamente esta dor para aquele que crê é a pior nos momentos de sofrimento: "Onde está o Deus que acredito que me ama,e se me ama, por que permite tal dor?"


Certa vez santa Catarina de Sena, depois de ter vencido com supremo esforço de vontade uma provação muito grande, viu aparecer Jesus crucificado: "Minha filha Catarina - disse Ele - vês quanto sofri por ti? Não te custe, portanto, sofrer por mim...". Mas ela replicou: "Meu Senhor, onde estavas quando o meu coração era atormentado por tantas provações?" e o Senhor disse: "Estava no teu coração".


Quantas vezes nos esquecemos desse Amor? Deus está conosco, sim, Ele se fez o Emanuel, Ele sofre junto a nós. Sim , eu esqueço deste Amor que fez Jesus morrer por mim naquela cruz, quando tudo o que eu quero é fugir, ir rumo ao desconhecido, na busca vã de arrancar de mim toda a dor e frustração, que Ele já levou sobre si no Calvário.


Quando olho para Jesus crucificado descubro que Deus escolheu o caminho da fraqueza. A Cruz nos revela Deus como Aquele que está sempre disposto a dar-se por Amor. Jesus se fez a fraqueza de Deus, que é mais forte que a força dos homens(I Cor 1,25).


Num ponto de convergência em uma colina chamada Calvário, Deus renunciou a si mesmo para nos salvar pelo AMOR! E o Amor levou sobre si as nossas dores, as redimindo, as santificando!


Agora a cruz transforma-se! Antes era a maior das maldições, mas Cristo a torna caminho de salvação.Realizando a Redenção mediante o sofrimento, Cristo elevou ao mesmo tempo o sofrimento humano ao nível de Redenção. Por isso, todos os homens, com o seu sofrimento, se podem tornar também participantes do sofrimento redentor de Cristo.


Nesses últimos dias, em tempos de dor,tenho meditado muito a respeito do sentido do sofrimento e sempre volto a enxergar com mais clareza a brilhante verdade desse Amor mais forte até mesmo que a morte.


O Amor de Jesus demonstrado por mim, sobrepuja toda a dor. Um Amor que O levou a morrer por mim. Sim! Foi por mim! Porque Ele me amou!


É essa verdade que hoje, me faz sorrir. Me faz entender que Sua vontade é perfeita e agradável, e nada pode me separar desse Amor, nem mesmo a minha dor.


Ah! Eu sou do meu Amado e Ele é meu!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

As Obras de Misericórdia





Obras de Misericórdia

Na devoção à Divina Misericórdia a prática das Obras de Misericórdia quer corporais quer espirituais são de capital importância. Sem a confiança na Misericórdia e sem a prática das obras de Misericórdia pedidas por Jesus não existe uma verdadeira devoção à Misericórdia. “Se por teu intermédio peço aos homens o culto à Minha Misericórdia, por tua vez deves ser a primeira a distinguir-te pela confiança na Minha Misericórdia. Estou exigindo de ti atos de misericórdia, que devem decorrer do amor para comigo…”.Eu te indico três maneiras de praticar a misericórdia para com o próximo: a primeira é a ação, a segunda a palavra e a terceira a oração. “(D. 742)

As obras de misericórdia, segundo Catecismo de São Pio X:


937) Quais são as boas obras de que se nos pedirá conta particular no dia do Juízo?

As boas obras de que se nos pedirá conta particular no dia do Juízo são as obras de misericórdia.

938) Que se entende por obra de misericórdia?

Obra de misericórdia é aquela com que se socorre o nosso próximo nas suas necessidades corporais ou espirituais.

939) Quantas são as obras de misericórdia?

As obras de misericórdia são catorze: sete corporais e sete espirituais, conforme são corporais ou espirituais as necessidades que se socorrem.

940) Quais são as obras de misericórdia corporais?

As obras de misericórdia corporais são:

1ª Dar de comer a quem tem fome;
2ª Dar de beber a quem tem sede;
3ª Vestir os nus;
4ª Dar pousada aos peregrinos;
5ª Assistir aos enfermos;
6ª Visitar os presos;
7ª Enterrar os mortos.

941) Quais são as obras de misericórdia espirituais?

As obras de misericórdia espirituais são:

1ª Dar bom conselho;
2º Ensinar os ignorantes;
3ª Corrigir os que erram;
4ª Consolar os aflitos;
5ª Perdoar as injúrias;
6ª Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;
7ª Rogar a Deus por vivos e defuntos.

(Catecismo de S. Pio X. Capítulo IV. “Das obras de misericórdia”)


Cada um dentro de suas possibilidades e dons, pode em diversos momentos da vida fazer obras de misericórdia.

Para uns é mais fácil visitar enfermos, para outros é mais fácil ensinar os ignorantes. Mas para todos em alguma fase da vida surgirão os momentos de “perdoar as injúrias” e “sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo”.

Li certa vez no Diário de Santa Faustina algo que me chamou a atenção: “O Amor é a flor e a Misericórdia é o fruto”
Todo ato de amor resulta em misericórdia, não há como fugir desta verdade!
O menor ato de amor que eu praticar, terá como resultado a misericórdia!
Praticar, obras de Misericórdia, é amar concretamente a Jesus nos irmãos. Que recompensa há em amar somente aos que nos amam? Por isso, todos são incluidos nesta condição. Ame os que te perseguem, os que te caluniam, os que não gostam de voce, etc. Seus gestos de amor transformarão os corações: primeiro o seu, e em consequência, o do próximo!
Que todos experimentem as Misericórdias do Senhor!

domingo, 1 de novembro de 2009

O dom de Maria(Do Livro “O Santo Rosário e os Santos”.)



“Qualquer coisa....”

Na Vida de São Pio X se conta que um dia, durante uma audiência, lhe se apresentou um rapazinho com o Rosário ao colo. São Pio X olhou para ele, fixou-o por alguns instantes e lhe disse: “ Rapaz, te recomendo, tudo aquilo que desejares... mas com o Rosário!”
Estas simples palavras de São Pio X nos fazem logo compreender o valor do Rosário na sua maior amplidão: “ qualquer coisa... com o Rosário!” Graças e consolações, conversão e santificação, amparo, conforto e alegrias, “qualquer coisa”, bela e santa nos poderá vir por intermédio do Rosário.
Com a sua graciosidade, Santa Teresinha mesmo nos assegura que “com o Rosário se pode obter tudo” e acrescenta a mais linda explicação. “Segundo uma linda imagem, ele é uma longa corrente que liga o céu à terra; uma extremidade está nas nossas mãos e a outra nas mãos da virgem Maria, que o despacha logo depois como orvalho benéfico, que vem regenerar os nossos corações”.
Desde São Domingos até hoje, toda a história da santidade nos demonstra que a Coroa Bendita do Rosário é um instrumento de graças, um meio de elevação espiritual, um alimento precioso para a vida interior, é a “escada de Jacó”, dizia o servo de Deus, Pe. Aníbal de França, pela qual sobem nossas orações e descem as graças.
O Rosário foi um dom de Maria. Foi o seu Evangelho, a sua Eucaristia, o seu Breviário nas mãos de todos, grandes e pequenos, sábios e incultos. São Carlos Borromeu o chamava a “devoção diviníssima”, que deveria ser inculcada em todos. São Vicente de Paulo o chamava o “breviário dos leigos”, o cardeal Schuster de o “ Saltério dos povos”.
No Rosário, Maria se deu a nós. A sua vida, as suas obras, os seus privilégios, toda a sua graça e os seus merecimentos estão contidos nos vinte quadros evangélicos doados à nossa contemplação e percorridos harmoniosamente no ritmo suave das Ave-Marias.

Os Papas e os Santuários

Foram muitos os Papas que amaram o Santo Rosário como dom de Maria, exaltando-o e recomendando-o a toda a Igreja, enriquecendo-o de preciosas indulgências. O grande Leão XIII mereceu ser chamado “o Papa do Rosário”. São Pio X definiu o Rosário como a “oração por excelência”.
O Servo de Deus Pio XII esculpiu em maravilhosas expressões o valor e a beleza do Santo Rosário, chamando-o “Síntese de sacrifício matinal, coroa de rosas, hino de louvores, oração das famílias, compêndio de vida cristã, penhor seguro do favor celeste, presídio de esperança e salvação”.
As encíclicas, os decretos e os documentos pontifícios, geralmente, que falam do Rosário, são já algumas centenas. O Rosário, disse Papa Paulo VI: “ É uma devoção da igreja”. Ele mesmo, na ocasião do IV Centenário da encíclica de São Pio V sobre o Rosário, ( Consueverunt Romani Pontífices), celebrando o centenário com a sua exortação apostólica do dia 7 de outubro de 1969, recomendou ao povo cristão de tomar na mão a Bendita Coroa – infelizmente, hoje quase abandonada por todos – para suplicar à Mãe de Todas as Graças que socorra a Igreja e a Humanindade nas ansiedades turbulentas.
O Papa João Paulo II, de sua parte, nos deu um magnífico exemplo de devoção ao Rosário. Ele mesmo, de fato, definiu o Rosário como a sua “ Oração preferida”.
O povo de Deus, no decorrer dos séculos, não ficou insensível a este “dom de Maria”. E hoje podemos admirar no mundo, os três esplêndidos Santuários mais celebres: a Basílica do Santíssimo Rosário de Lourdes, Fátima e Pompéia, onde acorrem multidões sem número, orantes e com o Rosário nas mãos.