Membros do Blog Filhos da Misericórdia...participe também!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Abandonar-se em Deus

Gostaria de falar esta semana sobre o abandono em Deus.

 
Quem de nós não gostaria de estar abandonado nas mãos de Deus a toda hora. No entanto, quantas vezes, nos encontramos tensos, nervosos, aflitos, angustiados, ansiosos, etc.

Um dos maiores desafios do homem moderno é estar abandonado nas mãos de Deus. Tudo nos preocupa, tudo nos inquieta. Sofremos pressões e cobranças de todos os lados. 




É a cobrança:
- no estudo: as notas, passar de ano;
- no trabalho: o chefe que nos exige cada vez mais, o negócio que tem que ir para frente;
- econômica: ter dinheiro para se sustentar, para sustentar a família, para o futuro;
- da esposa, do marido, dos filhos;
- dos parentes e amigos, etc, etc.

E, nem se diga, se algo grave está acontecendo:
- problema de saúde: nosso, de um familiar, de um amigo próximo;
- problema econômico: desemprego, falência.

O que Deus nos diz diante de todas estas preocupações graves e menos graves: que devemos estar abandonados nas suas mãos, que Ele é nosso Pai e, por isso, não devemos nos inquietar. Ele providenciará tudo o que nos fizer falta.

É o que Ele nos ensina através destas palavras tão conhecidas do Evangelho:

Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; Contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? (Mt 6, 25-28).


O abandono de Deus é um dom e ao mesmo tempo, a maior manifestação da liberdade do homem.


Uma vez certo amigo me contou a seguinte história:

"Lembro-me que quando era criança o meu pai, para ensinar-me a nadar, queria que eu começasse a boiar. Dizia-me: fica de costas; põe a cabeça para trás; estende as mãos como se abraçasse o mar; estica bem as pernas. Agora relaxa, meu filho, o mar lhe sustentará.

Eu fazia isso e me afundava, engolia água e ficava assustado.

"Mas pai, que brincadeira é esta? Você quer que eu me afogue?"

- 'Não, meu. filho, não; o que eu quero é que você aprenda a nadar."

- Mas então porque me afundo? 

- Você se afunda porque você está tenso." E o meu pai acrescentou: vamos fazer uma nova tentativa: eu fico amparando você com as minhas mãos." 

E assim o fez: "relaxa, relaxa, relaxa, - dizia-me: - ' “confia, confia, confia. Eu vou tirar uma mão. Você vê que não se afunda? Eu vou tirar a outra. Você já repara que agora é o mar que o sustenta? Estou aqui por perto. Confia..."

E assim aprendi a boiar. Boiava suavemente, repousadamente, olhando para o céu tempos e tempos. Mais ainda, foi assim que pouco a pouco tornei-me um bom nadador, como meu pai me assegurava."





Nós afundamos porque não confiamos, porque estamos tensos. Você já experimentou "boiar" em Deus? Abandonar-se em Deus? Confiar em Deus ilimitadamente?

"Relaxa, relaxa, relaxa... Confia, confia, confia..." É o que agora nos diz o nosso Pai do Céu.
E concluía:

A nossa segurança é proporcional à nossa confiança. Toda a força de Deus está, por assim dizer, em dependência do nosso abandono. O mar de Deus nos sustenta. 




O abandono provoca o poder e a misericórdia de Deus, move as entranhas do nosso Pai, como quando uma criança, aos prantos, se agarra ao pai, gritando: eu só confio em você!..; eu só confio em você". 

Será que um pai na terra não empregaria toda a sua força para não decepcionar o seu filho que clama dessa maneira? E que poderíamos dizer de Deus, infinitamente bom e todo poderoso, quando pedimos a sua ajuda como se Ele fosse o único possível salvador?

Aprendamos a abandonar todas as nossas preocupações nas mãos de Deus (isto não significa que fiquemos de braços cruzados. O abandono supõe fazermos tudo da nossa parte para resolver os problemas da nossa vida ) e encontraremos esta paz tão desejada por todos nós.



 

Façamos atos de abandono nas mãos de Deus, sempre que for preciso. Pode nos ajudar repetir as palavras do Salmo 22 ou outra oração de abandono como esta: “Senhor, em tuas mãos abandono o presente, o passado e o futuro, o pequeno e o grande, o temporal e o eterno. Assim seja, assim seja!”

Imaginemo-nos frequentemente nos braços do nosso Pai Deus, dormindo como uma criança recém-nascida.



Abandonar-se é sair do seu próprio interesse e entregar-se a outro, reclinando a cabeça e toda a vida confiantemente nas mãos do Senhor. Um ato de entrega é uma transmissão de domínio, é dar-se o "EU" a um "TU". É um gesto ativo porque consiste na oferenda total da própria vontade ao ser querido. 

Não é, pois, estar com resignação na marcha fatal dos acontecimentos. É entregar-me com amor a Alguém que me quer e que eu quero e, porque quero, me
entrego.


Como vimos, abandono é entrega total, sem nenhuma reserva, da pessoa a Deus e aos seus planos. O marco referencial que se tem para isso é o próprio Jesus Cristo, que se entregou à vontade do Pai a sua vida inteira. Eis o que encontramos nos evangelhos: "Desci do céu não para fazer a minha vontade mas a vontade daqu'Ele que me enviou. (Jo 6,38)". E ainda: "Meu Pai...Faça-se a tua vontade (Mt 26,39). Em todas as situações de sua vida Jesus se comportou como quem estava disposto a fazer plenamente a vontade do Pai.

N'Ele temos a revelação de Deus como um Pai infinitamente amoroso,
misericordioso, sábio e poderoso, a quem podemos entregar nossa vida na certeza
de que nos conduzirá à plena realização daquilo que for bom para nós. N'Ele
podemos e devemos confiar como a criança confia estando nos braços da mãe ou
do pai

Abandonar-se em Deus é crer, confiar e esperar. Quem se abandona totalmente em Deus, nem nas piores situações deixa as inquietações e desespero tomarem conta da sua vida. Abandonar-se em Deus é viver constantemente dentro de Seu coração, nada pode nos abalar.


O Bem-aventurado Charles de Foncauld escreveu esta oração que foi intitulada oração do Abandono:


Meu Pai, entrego-me a vós. Fazei de mim o que for do vosso agrado.

O que quiserdes fazer de mim eu vos agradeço.

Estou pronto  para tudo.

Aceito tudo, desde que a vossa vontade se realize em mim e em todas as vossas criaturas.

Não desejo outra coisa, meu Deus!

Deponho minha alma em vossas mãos.

Eu vo-la dou, meu Deus, com todo o amor do meu coração porque vos amo, e porque é para mim uma necessidade de amor, dar-me, entregar-me em vossas mãos, sem medida, com uma confiança infinita, pois sois meu Pai.
 
 
Que o Espirito Santo nos dê esta graças de abandonarmo-nos nas mãos de Deus como uma criancinha nos braços do Pai.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Aprofundamento sobre a palavra bíblica MISERICÓRDIA

«Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia» (Mateus 5,7). Aos misericordiosos, Jesus não promete nada mais do que aquilo que eles já vivem: a misericórdia. Em todas as outras Bem-aventuranças, a promessa contém sempre algo mais, leva mais longe: os que choram serão consolados, os puros de coração verão a Deus. Mas o que poderia Deus dar de mais aos misericordiosos? A misericórdia é já plenitude de Deus e dos homens. Os misericordiosos vivem já a mesma vida de Deus.





«Misericórdia» é uma palavra antiga. Durante a sua longa história, tomou um sentido muito rico. Em grego, língua do Novo Testamento, misericórdia diz-se éléos. Esta palavra é-nos familiar através da oração Kyrie eleison, que é um apelo à misericórdia de Deus. Éléos é a tradução habitual, na versão grega do Novo Testamento, da palavra hebraica hésèd. É uma das mais belas palavras bíblicas. Muitas vezes, traduzimo-la simplesmente por amor.

Hésèd, misericórdia ou amor, faz parte do vocabulário da aliança. Da parte de Deus, designa um amor inabalável, capaz de manter uma comunhão para sempre, seja o que for que vier a acontecer: «O meu amor por ti nunca mais será abalado» (Isaías 54,10). Mas, como a aliança de Deus com o seu povo é uma história de rupturas e de recomeços desde o início (Êxodo 32–34), é evidente que um tal amor incondicional implica perdão, e não pode ser senão misericórdia.

Éléos traduz ainda uma outra palavra hebraica, rahamîm. Esta palavra associa-se frequentemente a hésèd, mas está mais carregada de emoções. Literalmente, significa as entranhas; é uma forma plural de réhèm, o seio materno. A misericórdia, ou a compaixão, é aqui o amor profundo, a afeição de uma mãe pelo seu filho (Isaías 49,15), a ternura de um pai pelos filhos (Salmo 103,13), um amor fraternal intenso (Génesis 43,30).
A misericórdia, no sentido bíblico, é muito mais do que apenas um aspecto do amor de Deus. 

Por três vezes, Deus pronuncia o seu nome a Moisés: Na primeira vez, diz: «Eu sou aquele que sou» (Êxodo 3,14). Na segunda vez: «Concedo a minha benevolência a quem eu quiser, e uso de misericórdia com quem for do meu agrado» (Êxodo 3,19). O ritmo da frase é o mesmo, mas a benevolência e a misericórdia substituem aqui o ser. Para Deus, ser quem ele é, é ter benevolência e misericórdia. O que confirma a terceira proclamação do nome de Deus: «Senhor! Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e de fidelidade» (Êxodo 34,6).


Esta última fórmula foi retomada pelos profetas e nos salmos, em particular no salmo 103 (versículo 8). Na sua parte central (versículos 11 a 13), este salmo maravilha-se com a envergadura inaudita da misericórdia de Deus. «Como é grande a distância dos céus à terra, assim é a sua misericórdia…»: ela é a grandeza de Deus, a sua transcendência. Mas ela é também como que a sua humanidade: «Como um pai se compadece dos filhos…» Tão transcendente e tão próxima, a misericórdia é capaz de ultrapassar todo o mal: «Como o Oriente está afastado do Ocidente, assim ele afasta de nós os nossos pecados».


A misericórdia é o que há de mais divino em Deus e é também o que há de mais completo no homem: «ele te enche de graça e de ternura», diz ainda o salmo 103. É preciso ler este versículo à luz de um outro versículo do salmo 8, onde se diz que Deus coroa o homem de «glória e de honra». Criados à sua imagem, os homens são chamados a partilhar a glória e a honra de Deus. Mas são a misericórdia e a ternura que nos fazem realmente participar na própria vida de Deus.

A palavra de Jesus: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso» (Lucas 6,36) faz eco de um antigo mandamento: «Sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo» (Levítico 19,2). À santidade, Jesus deu a face da misericórdia. É a misericórdia que é o mais puro reflexo de Deus na vida humana. «Pela misericórdia para com o próximo, tu tornas-te parecido com Deus» (Basílio, o Grande). Como nos diz o Bem-aventurado João Paulo II, a misericórdia é o rosto divino do homem e o rosto humano de Deus.


Que a Misericórdia envolva a todos vocês!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Uma análise sobre o mal da Depressão

Depressão...



Esta é muito mais que uma palavra que vem se tornando cada vez mais comum no vocabulário do homem moderno; é a realidade dolorosa e angustiante de muitas pessoas que sentem-se como que literalmente imersas num fosso de angústia, tristeza, ansiedade e total desencorajamento interior.

Os números da depressão são alarmantes. Há cerca de dez milhões de brasileiros diagnosticados com depressão. Uma em cada quatro pessoas sofreu, sofre ou vai sofrer de depressão, em algum momento de sua vida.


Talvez você mesmo esteja vivendo esta realidade... Uma realidade que só compreende quem a vivencia.

A depressão pode ter muitas causas diferentes; tem diversos sintomas quando está presente na vida de uma pessoa - mas, como dissemos, somente quem a viveu ou a experimenta, conhece a real dimensão de sua dor.

Talvez, você ache que ninguém à sua volta entende a linguagem de sua dor; talvez, você pense que está afundando num poço sem fundo, sem volta e sem solução...


Talvez, você sinta como se nunca mais em sua vida, vá conseguir voltar a ser quem você era; vá voltar a ser alegre, como um dia foi; vá ter novamente ânimo para viver, coragem para enfrentar os desafios do dia a dia...

Quando se está com depressão... até viver cansa...Quem sabe, apenas pensar no assunto já esteja sendo pesado demais para você.

Você se sente fraco(a) e impotente diante de seus conflitos interiores; totalmente desfalecido(a) diante dos medos quase esmagadores que tomaram de assalto o seu interior.

Quem sabe, tudo que você tem desejado é sumir, desaparecer - e, talvez, até mesmo, morrer.Só para escapar de alguma forma deste vazio, desta angústia, desta náusea, deste desespero, deste nada interior. Mas a realidade é que existe uma saída, uma volta, um recomeço, um retorno, uma solução para você!




Por mais que os seus sentidos gritem que não - acredite - há uma saída! Não uma mágica, nem uma fórmula - mas um caminho de restauração!

Quem sabe você sofreu a perda de alguém muito amado, ou, se decepcionou fortemente com alguém em quem depositou seus sonhos. Quem sabe está estressado e estafado por uma sobrecarga física e emocional, ou, está vivendo debaixo de pressões muito intensas e fortes. Quem sabe, está há tempos passando por crises em sua família, em seus relacionamentos e em sua vida financeira ou pessoal. Pode ser que esteja lutando contra compulsões que não consegue vencer, ou inclinações que não consegue dominar. Só você e Deus sabem.

Sim, só você e Deus conhecem a dimensão desta dor encrustrada no seu coração; o tamanho deste desespero e a agonia desta solidão. Mas se você me permite dizer algo para dentro de sua dor: VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO! VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA!




Como alguém que se sente engolido por algo maior que si mesmo pode vencer isto? Será que, realmente, há respostas práticas e um caminho equilibrado para superar toda esta crise? Com certeza há!


Esta é a primeira e a mais fundamental e essencial dimensão do ser: do ser gente, do ser pleno, do ser integralmente humano.

Sem esta experiência, tudo o mais adoece, enferma, se desintegra e se desequilibra em nossas vidas.

Você tem emoções e sentimentos; reage às situações e às circunstâncias de maneira profundamente pessoal. Você tem um corpo, cheio de suas complexidades. Você é humano! Tem necessidades, carências, desejos, anseios e características próprias do ser humano.

Tudo isto é importante e fundamental para conseguir compreender o que está acontecendo neste momento.





Entenda que estar deprimido não é algo fora da condição do ser humano. Você é humano; e não se condene por isto! Você não é o primeiro, nem o único a passar por isto. Muitos já passaram, muitos estão passando, e outros, vão passar.

Respeite a sua humanidade; pois Deus criou você com emoções e sentimentos. Ele criou você capaz de agir e reagir à vida e ao meio onde está. Segundo, saiba que embora você esteja passando por esta situação, você não vai viver nela para sempre! Você vai sair disto! Você precisa deixar a esperança renascer no seu interior!

Realmente, depressão é uma doença muito mal compreendida; especialmente, por aqueles que nunca a experimentaram.

Primeiro, porque a maioria não entende que depressão é doença. Tão doença como uma gastrite ou uma colite. E, como doença, precisa ser tratada; não como pecado ou falta de boa vontade, por parte daquele que a tem, mas como algo que precisa ser tratado, para ser curado.

Segundo, porque há nas pessoas, que convivem com quem sofre desta doença, uma grande impaciência relacionada à uma expectativa de recuperação da pessoa. Daí vem as cobranças, as pressões e as palavras ditas sem sabedoria. É como se a pessoa que está doente tivesse culpa de ainda estar doente.





Terceiro, porque muita gente confunde doença com preguiça, baixo astral, corpo mole ou manha. E nada poderia estar mais distante da realidade. Porque por suas próprias características, depressão é algo que incapacita a pessoa para as atividades às quais ela, anteriormente, estava acostumada a realizar; mesmo aquelas que sempre foram para ela uma fonte de prazer e realização pessoal. Não é porque a pessoa não tem força de vontade; é que ela não está conseguindo.

Bom, mas depressão não se trata com cobranças; nem de quem a sofre, e nem de quem convive com quem a sofre. Depressão se trata, antes de tudo, com compreensão. Quem a sofre, precisa compreender que não é o fim do mundo; é só uma doença que pode ser tratada e curada. Pode ser ruim; mas não é para sempre.

Daí, que fica aqui algumas sugestões para quem sofre e para quem convive com quem sofre de depressão:

Primeiro, não se culpe por estar passando por isto. Você é humano e humanos podem ter depressão. Na verdade, só no Brasil; há, pelo menos, dez milhões de pessoas diagnosticadas com depressão. Fora, as outras milhões que nunca procuraram um médico para diagnosticar seu problema.

Daí, não moralize a questão. Não há nada errado com você, senão o fato que precisa tratar de um problema de saúde. Mas, pare de enxergar na questão algo que traga vergonha ou sentimento de inferioridade. Ninguém é inferior por estar com depressão. Isso acontece a seres humanos. É coisa de gente.
De fato, muita gente brilhante, sofreu ou sofre de depressão, em algum momento de suas vidas. Gente como Bethoven (o grande compositor de música clássica), Charles Schulz (o incrível cartunista, criador do personagem Snoopy e da turma do Charlie Brown) e muitos outros, sofreram com esta doença. E isso não fez com que fossem menos humanos, inteligentes, brilhantes ou capazes. Apenas que, naquele momento, eles estavam doentes.

Em segundo lugar, é preciso lidar com a depressão de um modo inteligente e sensato. Algumas vezes, o que está acontecendo é um desequilíbrio na própria constituição química do organismo. A simples carência de alguns elementos químicos em nosso corpo pode gerar um quadro depressivo. Outras vezes, a questão pode ter haver com alguma situação hormonal. Ainda, outras vezes, pode estar relacionada com o modo como estamos administrando algumas situações do dia a dia, gerando tensão, ansiedade e stress. Alguns, estão passando pelo desemprego; outros pelo divórcio ou pela perda de um relacionamento significativo; outros pela perda de um ente querido; outros por uma doença crônica. Até mesmo, alguns tipos de medicamentos podem ter como reação adversa sintomas de depressão.

Mas, tudo isso é tratável. Tudo isso é possível de ser resolvido. Tudo isso é humano. Tudo isso tem cura. Nada disso é para sempre.

Um bom médico pode ajudar muito. Algumas pessoas melhoraram muito, tratando-se com medicina ortomolecular. Alguns, meramente restaurando o equilíbrio químico e hormonal, melhoraram do estado em que se encontravam. Já, outros, precisaram de uma medicação anti-depressiva, durante algum tempo. E, outros, ainda, foram ajudados por uma ajuda psicológica. Cada caso é um caso. O fato é que buscar ajuda não é motivo de vergonha ou culpa; é normal.


Em terceiro lugar, a fé não é para nos fazer sentir culpados quando estamos doentes; é para nos ajudar a ficar curados. Até os médicos sabem que uma pessoa que crê que vai ficar boa, tem mais chances de melhorar do que uma pessoa que não crê. Daí que é preciso colocar de lado, esta visão impiedosa e sufocante de que se alguém está doente é porque há algo errado com a fé dele ou dela.

A fé não me vacina contra os problemas; ela me ajuda a atravessá-los
. E a oração sincera, realmente, ajuda muito quem passa por um momento assim. Deus é real e Ele está perto de todos os que O invocam em verdade.

Basta lembrar que toda vez que a Bíblia mostra alguém atravessando um momento de depressão, não há qualquer condenação ou julgamento; mas, graça e restauração. Leia os Salmos e você verá como desabafar com Deus e colocar nEle a sua confiança e esperança nos ajudam a colocar a cabeça para fora daquilo que está parecendo nos afogar por dentro.


Depressão precisa ser enfrentada sem tabus, sem culpas, sem cobranças, sem pressões e sem desgastes. É humano e vai passar. Precisa ser tratado sem medo e sem desespero. Sua recuperação requer paciência e respeito a si mesmo.

Não se vence a depressão se isolando da vida, por mais que a tentação seja fazer isso. Depressão se vence olhando o céu, as árvores, o mar, caminhando; fazendo as coisas que gostamos de fazer; indo a lugares onde nos sentimos bem; lendo livros que encorajam e consolam; se dando a chance de ser, apenas, gente; sem ter que provar nada a si mesmo, nem a Deus e nem a quem quer que seja. Deus nos conhece e nos ama.

E quem convive com quem está atravessando este momento precisa ser paciente e acreditar na cura. Deus é bom e Ele é capaz de socorrer aqueles que dEle se aproximam com um coração sincero. Não é hora de cobranças ou de pressões. É preciso saber que a cura é um processo. O que se precisa fazer é tratar a pessoa com normalidade e sem colocar culpa sobre ela. Deus está no controle e Ele vai ajudá-la a sair desta situação. Se a pessoa está se tratando e aprendendo a ter uma atitude sadia no meio da situação; é, apenas, uma questão de tempo.

A Palavra de Deus nos diz que quando fazemos conhecidas diante de Deus as nossas súplicas, por meio da oração; a paz dEle, que excede todo o entendimento, guardará nossas mentes e sentimentos em Cristo Jesus.

Jesus nos entende por que experimentou tudo quanto nos faz sofrer.
Meu amigo, Deus se fez homem e na cruz do Calvário sentiu-Se abandonado por Seus melhores amigos e traído pelos seres que mais amava. Então hoje Ele pode dizer: "Filho, eu compreendo quando você é traído pelos seres que você mais ama. 

Quando você se sente rejeitado, abandonado e sozinho no mundo, Eu o compreendo porque me fiz homem para entender você". Quando você se sente injustiçado, ou condenado injustamente, Ele o olha e diz: "Eu o compreendo, olhe-Me pregado nesta cruz. Que mal Eu fiz? Mas estou aqui injustamente para que você nunca diga que Eu não sou capaz de compreendê-lo quando as pessoas cometem injustiça com você".

Lembre-se. Há alguém que entende sua dor, e este algúem é Jesus.

Por isso não perca a esperança. Há cura para a depressão.Deus está contigo...CORAGEM...


                                  Nos momentos difíceis diga: JESUS, EU CONFIO EM VÓS!

O Senhor é meu pastor, nada me faltará.
Em verdes prados ele me faz repousar.
Conduz-me junto às águas refrescantes,
restaura as forças de minha alma.
Pelos caminhos retos ele me leva,
por amor do seu nome.

Ainda que eu atravesse o vale escuro,
nada temerei, pois estais comigo.
Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.

Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos.
Derramais o perfume sobre minha cabeça,
e transborda minha taça.
A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me
por todos os dias de minha vida.
E habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Salmo 22/23 


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Meu Respirar







Este é o meu respirar
Este é o meu respirar
 
 
 Teu Santo Espírito Vivendo em mim
 
  E este é o meu pão
E este é o meu pão
 
 
 
Tua vontade Feita em mim
 
 
 
E eu, eu nada sou sem ti
 
 
 
 
E eu, perdido estou sem ti
Este é o meu respirar...

Eu preciso de você

Essa música já me fez rezar tanto no começo de minha caminhada! Para relembrar...espero que gostem. Música do Mensagem Brasil, EU PRECISO DE VOCÊ.

 
Quando contemplo a Sua face
sua paz envolve o meu ser
 E eu só sei dizer que te quero
    Mais que tudo nessa vida
 
Mais que o ar que eu respiro
Eu preciso de você
      Mais que a terra precisa da chuva, eu preciso de você
     
      Como a abelha precisa da flor, eu preciso de você
   
 
                                        Como o rio que corre para o mar meu destino é você!
Meu Senhor, meu Amigo...  

domingo, 15 de maio de 2011

 
 
É, neste domingo, 15/05/2011, o Domingo de Jesus bom Pastor, isto é, do Pastor Verdadeiro. É o dia de rezar para que na Igreja se multipliquem, em número e qualidade, os bons Pastores a serviço do único Pastor, Jesus nosso Senhor.
 
 
 
Depois de várias aparições de Cristo ressuscitado às mulheres, aos apóstolos, aos discípulos, hoje Jesus apresenta-Se como o BOM PASTOR! É um título de Cristo muito familiar aos primeiros cristãos. A liturgia deste IV Domingo da Páscoa, convida-nos a meditar na misericordiosa ternura do nosso Salvador, para que reconheçamos os direitos que Ele adquiriu sobre cada um de nós com a Sua morte.

      É uma catequese sobre a missão de Jesus: conduzir os homens às pastagens verdejantes e às fontes cristalinas de onde brota a vida em plenitude.     O Bom Pastor aparece numa atitude de ternura com as ovelhas… Ele conhece-as, chama-as pelo nome, caminha com elas e estas O seguem. Elas escutam a Sua voz, porque sabem que as conduz com segurança.




     Em contraste com o pastor, aparece a figura dos ladrões e dos salteadores. São todos os que se apresentam como Pastor, ou até falam em nome de Cristo, mas procuram somente vantagens pessoais. Além do título de Bom Pastor, Cristo aplica-Se a Si mesmo a imagem da porta pela qual se entra no aprisco das ovelhas que é a Igreja.


 
Em consonância com a linguagem biblica tradicional, João representa a Igreja como um rebanho de ovelhas reunidas pelo Bom Pastor. Desta representação emergem duas características fundamentais: o vínculo com Jesus e a liberdade do fiel no seio do rebanho.
 
É bastante interessante notar que tais características não só coexistem sem qualquer tensão, mas são mutuamente complementares. Por isso, este vínculo é acentuado sobremaneira de tal forma que a figura não deixa entrever qualquer instituição estabelecida, e o Espírito, que faz a Igreja viver, nem sequer é mencionado.
 
Com efeito, não pode haver Igreja sem relação pessoal e constantemente renovada com Jesus Cristo e, por meio dele, com o próprio Deus.

A fé é o único princípio de organização da Igreja. Certamente a instituição não é negada, mas não pode ser senão a vida de todos em comum com o Cristo, como o revela claramente a alegoria da vinha e do agricultor (Jo 15). A figura destacada do Bom Pastor ressalta, com precisão de contornos, que a liberdade do fiel se funda no seu vínculo com Ele. 
 
 
 
 
Com efeito, o Bom Pastor não caminha atrás do rebanho constringindo-o com o seu báculo, mas Ele vai à frente das ovelhas para que elas venham em seu seguimento, na liberdade. Ele não é o redil fechado, mas sim a porta aberta das ovelhas por onde elas entram e saem e encontram pastagem (cf. Jo 10,9). 
 
Em contrapartida, é a fé, como ato supremo da liberdade do fiel, que determina a fidelidade no seguimento e consuma, assim, este vínculo fundamental. Isto, evidentemente, não implica a supressão dos sacramentos, mas estes só assumem sua verdadeira significação se são a expressão deste elo essencial.


Ensina o Concílio Vaticano II: “A Igreja é o redil, cuja única porta e necessário pastor é Cristo” (LG, 6). No redil entram os pastores e as ovelhas. Tanto uns como outras hão de entrar pela porta que é Cristo.

“Eu, pregava Santo Agostinho, querendo chegar até vós, isto é, ao vosso coração, prego-vos Cristo: se pregasse outra coisa, quereria entrar por outro lado. Cristo é para mim a porta para entrar em vós: por Cristo entro não nas vossas casas, mas nos vossos corações. Por Cristo entro gozosamente e escutais-me ao falar d'Ele. Porquê? Porque sois ovelhas de Cristo e fostes compradas com o Seu Sangue”.

“… e as ovelhas O seguem, porque conhecem a sua voz” (Jo 10, 4). Ora, a Igreja é Cristo continuado!




Diz São José Maria Escrivá: “Cristo deu à Sua Igreja a segurança da doutrina, a corrente de graça dos sacramentos; e providenciou para que haja pessoas que nos orientem que nos conduzam que nos recordem constantemente o caminho. Dispomos de um tesouro infinito de ciência: a Palavra de Deus guardada pela Igreja; a graça de Cristo, que se administra nos Sacramentos; o testemunho e o exemplo dos que vivem com retidão ao nosso lado e sabem fazer das suas vidas um caminho de fidelidade a Deus” (Cristo que passa, nº 34).

Jesus é a porta das ovelhas! Para as ovelhas significa que Jesus é o único lugar de acesso para que estas possam encontrar as pastagens que dão vida.



    Para os cristãos, o Pastor por excelência é Cristo: Ele recebeu do Pai a missão de conduzir o rebanho de Deus… Portanto, é Cristo que deve conduzir as nossas escolhas.Cristo é o nosso Pastor! Ele Conhece as Suas ovelhas e chama-as pelo nome, mantendo com cada uma delas uma relação muito pessoal.  



Há pessoas que se apresentam como representantes de Jesus no desempenho de uma tarefa específica. É o caso do padre. É o caso dos pais, mães, professores, governantes... Nestes encargos sejam eficientes para colaborar com o rebanho do Senhor. Cada um procure ser presença de Jesus Bom Pastor!



  Toda a existência humana é demasiado complexa para que se possa vivê-la com segurança absoluta. Jesus, porém, oferece a quem O segue a direção exata e a proteção eficaz para evitar os elementos que podem prejudicar.

Afirma o Sl 22(23): “Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos nada temerei, porque Vós estais comigo...”.     O Divino Pastor é quem pode, realmente, ajudar, salvar e conservar a vida.


 o Santo Padre Bento XVI enviou uma mensagem, com o tema: “Propor as vocações na Igreja Local”:
“É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo, sobretudo os adolescentes e os jovens, para maturarem uma amizade genuína e afetuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica… na escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus… A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local”.