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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ano sacerdotal: 5 Pães e 2 peixinhos




PALAVRAS DE BENTO XVI AOS SACERDOTES DO MUNDO:
"Neste Ano Sacerdotal, recordamos que especialmente nós, os sacerdotes, podemos nos ver neste texto de João, tomando o lugar dos apóstolos, quando dizem: “Onde poderemos encontrar pão para toda esta gente?” E ao ver o anônimo jovem que tem 5 pães de cevada e 2 peixes, também a nós surge espontaneamente a pergunta: “Mas o que é isso para uma multidão tão grande?”. Em outras palavras: quem sou eu? Como posso, com meus limites, ajudar Jesus em sua missão? E o Senhor nos dá a resposta: precisamente ao colocar em suas “santas e veneráveis” mãos o pouco que são, os sacerdotes se convertem em instrumentos de salvação para muitos, para todos."

Benedictus XVI
Ângelus do XVII Domingo do Tempo Comum

sábado, 25 de julho de 2009

CARTA DE SANTA CATARINA A UMA IRMÃ.. Abraça Jesus crucificado, amante e amado




“Querida irmã em Jesus. Eu, Catarina, serva dos servos de Jesus, escrevo-te no seu precioso sangue, desejosa que te alimentes do amor de Deus e que dele te nutras, como do seio de uma doce mãe. Ninguém, de facto, pode viver sem este leite!

Quem possui o amor de Deus, nele encontra tanta alegria que cada amargura se transforma em doçura e cada grande peso se torna leve. E isto não nos deve surpreender porque, vivendo na caridade, vive-se em Deus:

“Deus é amor; quem permanece no amor habita em Deus e Deus habita nele”.

Vivendo em Deus, por conseguinte, não se pode ter amargura alguma porque Deus é delícia, doçura e alegria infinita!

É esta a razão pela qual os amigos de Deus são sempre felizes! Mesmo se doentes, necessitados, aflitos, atribulados, perseguidos, nós estamos alegres.

Mesmo quando todas as línguas caluniosas nos metessem em má luz, não nos preocuparemos, mas nos alegraremos com tudo porque vivemos em Deus, nosso repouso, e saboreamos o leite do seu amor. Como a criança suga o leite do seio da mãe assim nós, inamorados de Deus, atingimos o amor de Jesus Crucificado, seguindo sempre as suas pegadas e caminhando com ele pelo caminho das humilhações, das penas e das injúrias.

Não procuramos a alegria se não em Jesus e fugimos de toda a glória que não seja aquela da cruz.

Abraça, portanto, Jesus Crucificado elevando a ele o olhar do teu desejo! Toma em consideração o seu amor ardente por ti, que levou Jesus a derramar sangue de todas as partes do seu corpo!

Abraça Jesus Crucificado, amante e amado e nele encontrarás a verdadeira vida, porque ele é Deus que se fez homem. Que o teu coração e a tua alma ardam pelo fogo do amor do qual foi coberto Jesus cravado na cruz!

Tu deves, portanto, tornar-te amor, olhando para o amor de Deus, que tanto te amou, não porque te devesse obrigação alguma, mas por um puro dom, impelido somente pelo seu inefável amor.

Não terás outro desejo para além daquele de seguir Jesus! E, como que inebriada do Amor, não farás caso se te encontras só ou acompanhada: não te preocuparás com tantas coisas mas somente de encontrar Jesus e segui-lo!

Corre, Bartolomea, e não estejas a dormir, porque o tempo corre e não espera nem um momento!

Permanece no doce amor de Deus.

Doce Jesus, amor Jesus.”

O DIALOGO



“A IMAGEM DIVINA”
Oh alta e eterna Divindade, incompreensível e inestimável Amor!
Dizes, Pai Eterno, que o homem que se olha a si mesmo Te encontra dentro dele, uma vez que foi criado à tua imagem e semelhança. Tem memória, para se recordar de Ti e dos teus benefícios, participando desta forma no teu poder; tem entendimento, para conhecer-te e conhecer a tua vontade, participando da sabedoria do teu Filho Unigénito, Nosso Senhor Jesus Cristo; e tem a vontade, para amar-te, participando da clemência do Espírito Santo. Assim, não só criastes o homem à tua imagem e semelhança, como também há em Ti semelhança com o que ele é, e deste modo estás nele e ele em Ti.
Não te conheci em mim, Deus; nem a mim em Ti, Deus Eterno. Esta é a ignorância dos néscios que Te ofendem, porque se compreendessem não poderiam menos que amar a Deus. Esta ignorância procede da privação da luz da graça, e a privação provém do amor próprio sensitivo. Tal é a semelhança entre um e outro, que quando não se amam se apartam da sua própria natureza.
Santa Catarina de Sena