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domingo, 8 de novembro de 2009

A "Fraqueza" de Deus




“O Amor é ainda a fonte mais plena para a resposta à pergunta acerca do sentido do sofrimento. Esta resposta foi dada por Deus ao homem na Cruz de Jesus Cristo”(João Paulo II)


Em nossos sofrimentos muitas vezes fazemos uma recorrente pergunta a nós mesmos: "Onde está Deus?".Certamente esta dor para aquele que crê é a pior nos momentos de sofrimento: "Onde está o Deus que acredito que me ama,e se me ama, por que permite tal dor?"


Certa vez santa Catarina de Sena, depois de ter vencido com supremo esforço de vontade uma provação muito grande, viu aparecer Jesus crucificado: "Minha filha Catarina - disse Ele - vês quanto sofri por ti? Não te custe, portanto, sofrer por mim...". Mas ela replicou: "Meu Senhor, onde estavas quando o meu coração era atormentado por tantas provações?" e o Senhor disse: "Estava no teu coração".


Quantas vezes nos esquecemos desse Amor? Deus está conosco, sim, Ele se fez o Emanuel, Ele sofre junto a nós. Sim , eu esqueço deste Amor que fez Jesus morrer por mim naquela cruz, quando tudo o que eu quero é fugir, ir rumo ao desconhecido, na busca vã de arrancar de mim toda a dor e frustração, que Ele já levou sobre si no Calvário.


Quando olho para Jesus crucificado descubro que Deus escolheu o caminho da fraqueza. A Cruz nos revela Deus como Aquele que está sempre disposto a dar-se por Amor. Jesus se fez a fraqueza de Deus, que é mais forte que a força dos homens(I Cor 1,25).


Num ponto de convergência em uma colina chamada Calvário, Deus renunciou a si mesmo para nos salvar pelo AMOR! E o Amor levou sobre si as nossas dores, as redimindo, as santificando!


Agora a cruz transforma-se! Antes era a maior das maldições, mas Cristo a torna caminho de salvação.Realizando a Redenção mediante o sofrimento, Cristo elevou ao mesmo tempo o sofrimento humano ao nível de Redenção. Por isso, todos os homens, com o seu sofrimento, se podem tornar também participantes do sofrimento redentor de Cristo.


Nesses últimos dias, em tempos de dor,tenho meditado muito a respeito do sentido do sofrimento e sempre volto a enxergar com mais clareza a brilhante verdade desse Amor mais forte até mesmo que a morte.


O Amor de Jesus demonstrado por mim, sobrepuja toda a dor. Um Amor que O levou a morrer por mim. Sim! Foi por mim! Porque Ele me amou!


É essa verdade que hoje, me faz sorrir. Me faz entender que Sua vontade é perfeita e agradável, e nada pode me separar desse Amor, nem mesmo a minha dor.


Ah! Eu sou do meu Amado e Ele é meu!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

As Obras de Misericórdia





Obras de Misericórdia

Na devoção à Divina Misericórdia a prática das Obras de Misericórdia quer corporais quer espirituais são de capital importância. Sem a confiança na Misericórdia e sem a prática das obras de Misericórdia pedidas por Jesus não existe uma verdadeira devoção à Misericórdia. “Se por teu intermédio peço aos homens o culto à Minha Misericórdia, por tua vez deves ser a primeira a distinguir-te pela confiança na Minha Misericórdia. Estou exigindo de ti atos de misericórdia, que devem decorrer do amor para comigo…”.Eu te indico três maneiras de praticar a misericórdia para com o próximo: a primeira é a ação, a segunda a palavra e a terceira a oração. “(D. 742)

As obras de misericórdia, segundo Catecismo de São Pio X:


937) Quais são as boas obras de que se nos pedirá conta particular no dia do Juízo?

As boas obras de que se nos pedirá conta particular no dia do Juízo são as obras de misericórdia.

938) Que se entende por obra de misericórdia?

Obra de misericórdia é aquela com que se socorre o nosso próximo nas suas necessidades corporais ou espirituais.

939) Quantas são as obras de misericórdia?

As obras de misericórdia são catorze: sete corporais e sete espirituais, conforme são corporais ou espirituais as necessidades que se socorrem.

940) Quais são as obras de misericórdia corporais?

As obras de misericórdia corporais são:

1ª Dar de comer a quem tem fome;
2ª Dar de beber a quem tem sede;
3ª Vestir os nus;
4ª Dar pousada aos peregrinos;
5ª Assistir aos enfermos;
6ª Visitar os presos;
7ª Enterrar os mortos.

941) Quais são as obras de misericórdia espirituais?

As obras de misericórdia espirituais são:

1ª Dar bom conselho;
2º Ensinar os ignorantes;
3ª Corrigir os que erram;
4ª Consolar os aflitos;
5ª Perdoar as injúrias;
6ª Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;
7ª Rogar a Deus por vivos e defuntos.

(Catecismo de S. Pio X. Capítulo IV. “Das obras de misericórdia”)


Cada um dentro de suas possibilidades e dons, pode em diversos momentos da vida fazer obras de misericórdia.

Para uns é mais fácil visitar enfermos, para outros é mais fácil ensinar os ignorantes. Mas para todos em alguma fase da vida surgirão os momentos de “perdoar as injúrias” e “sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo”.

Li certa vez no Diário de Santa Faustina algo que me chamou a atenção: “O Amor é a flor e a Misericórdia é o fruto”
Todo ato de amor resulta em misericórdia, não há como fugir desta verdade!
O menor ato de amor que eu praticar, terá como resultado a misericórdia!
Praticar, obras de Misericórdia, é amar concretamente a Jesus nos irmãos. Que recompensa há em amar somente aos que nos amam? Por isso, todos são incluidos nesta condição. Ame os que te perseguem, os que te caluniam, os que não gostam de voce, etc. Seus gestos de amor transformarão os corações: primeiro o seu, e em consequência, o do próximo!
Que todos experimentem as Misericórdias do Senhor!

domingo, 1 de novembro de 2009

O dom de Maria(Do Livro “O Santo Rosário e os Santos”.)



“Qualquer coisa....”

Na Vida de São Pio X se conta que um dia, durante uma audiência, lhe se apresentou um rapazinho com o Rosário ao colo. São Pio X olhou para ele, fixou-o por alguns instantes e lhe disse: “ Rapaz, te recomendo, tudo aquilo que desejares... mas com o Rosário!”
Estas simples palavras de São Pio X nos fazem logo compreender o valor do Rosário na sua maior amplidão: “ qualquer coisa... com o Rosário!” Graças e consolações, conversão e santificação, amparo, conforto e alegrias, “qualquer coisa”, bela e santa nos poderá vir por intermédio do Rosário.
Com a sua graciosidade, Santa Teresinha mesmo nos assegura que “com o Rosário se pode obter tudo” e acrescenta a mais linda explicação. “Segundo uma linda imagem, ele é uma longa corrente que liga o céu à terra; uma extremidade está nas nossas mãos e a outra nas mãos da virgem Maria, que o despacha logo depois como orvalho benéfico, que vem regenerar os nossos corações”.
Desde São Domingos até hoje, toda a história da santidade nos demonstra que a Coroa Bendita do Rosário é um instrumento de graças, um meio de elevação espiritual, um alimento precioso para a vida interior, é a “escada de Jacó”, dizia o servo de Deus, Pe. Aníbal de França, pela qual sobem nossas orações e descem as graças.
O Rosário foi um dom de Maria. Foi o seu Evangelho, a sua Eucaristia, o seu Breviário nas mãos de todos, grandes e pequenos, sábios e incultos. São Carlos Borromeu o chamava a “devoção diviníssima”, que deveria ser inculcada em todos. São Vicente de Paulo o chamava o “breviário dos leigos”, o cardeal Schuster de o “ Saltério dos povos”.
No Rosário, Maria se deu a nós. A sua vida, as suas obras, os seus privilégios, toda a sua graça e os seus merecimentos estão contidos nos vinte quadros evangélicos doados à nossa contemplação e percorridos harmoniosamente no ritmo suave das Ave-Marias.

Os Papas e os Santuários

Foram muitos os Papas que amaram o Santo Rosário como dom de Maria, exaltando-o e recomendando-o a toda a Igreja, enriquecendo-o de preciosas indulgências. O grande Leão XIII mereceu ser chamado “o Papa do Rosário”. São Pio X definiu o Rosário como a “oração por excelência”.
O Servo de Deus Pio XII esculpiu em maravilhosas expressões o valor e a beleza do Santo Rosário, chamando-o “Síntese de sacrifício matinal, coroa de rosas, hino de louvores, oração das famílias, compêndio de vida cristã, penhor seguro do favor celeste, presídio de esperança e salvação”.
As encíclicas, os decretos e os documentos pontifícios, geralmente, que falam do Rosário, são já algumas centenas. O Rosário, disse Papa Paulo VI: “ É uma devoção da igreja”. Ele mesmo, na ocasião do IV Centenário da encíclica de São Pio V sobre o Rosário, ( Consueverunt Romani Pontífices), celebrando o centenário com a sua exortação apostólica do dia 7 de outubro de 1969, recomendou ao povo cristão de tomar na mão a Bendita Coroa – infelizmente, hoje quase abandonada por todos – para suplicar à Mãe de Todas as Graças que socorra a Igreja e a Humanindade nas ansiedades turbulentas.
O Papa João Paulo II, de sua parte, nos deu um magnífico exemplo de devoção ao Rosário. Ele mesmo, de fato, definiu o Rosário como a sua “ Oração preferida”.
O povo de Deus, no decorrer dos séculos, não ficou insensível a este “dom de Maria”. E hoje podemos admirar no mundo, os três esplêndidos Santuários mais celebres: a Basílica do Santíssimo Rosário de Lourdes, Fátima e Pompéia, onde acorrem multidões sem número, orantes e com o Rosário nas mãos.