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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Adoração em praça pública


 Uma praça na cidade de Preston, Inglaterra; um país dos menos católicos do mundo ocidental; um continente que, embora tenha sido concebido e viabilizado pela Igreja, se descristianiza (e se islamiza) a grande velocidade. 

O Santíssimo é erguido, por um Capuchinho Franciscano da Consolação, e o que se segue é momentoso. Assista ao vídeo, com legendas em português. Glória a Deus pela vida desse sacerdote... Isso sim que é ousadia levar :Jesus no ostensório em praça publica na Inglaterra para o povo adorá-lo.

Que Jesus e Maria intercedam por todos os sacerdotes do mundo inteiro para que comecem a ser mais ousados na Evangelização e não tenham medo de denunciar a verdade que Jesus manda.

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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O sentido da Paternidade no plano de Deus



Uma grande novidade revelada por Jesus no Novo Testamento é a paternidade de Deus: Deus Pai é a fonte de toda paternidade, e só é possível se compreender o que é um pai, ao se olhar para Deus. Todo pai, aqui na terra, deveria ser uma figura, um ícone da paternidade divina.

Atualmente, porém, o mundo vive uma grande crise, com a figura do pai sendo atacada a todo momento e por todos os lados. É preciso que os pais de hoje se dobrem diante da paternidade divina, para que aprendam qual é verdadeiramente o seu papel na família e na sociedade.


 A Paternidade é uma das dimensões mais sagradas da vida humana. Mediante a paternidade, o homem participa do poder criador e criativo de Deus. A vida é transmitida. A espécie humana continua. A paternidade é também um mistério e só tem sentido quando é fruto de um amor profundo e comprometido.


A NOÇÃO DA PATERNIDADE NA SAGRADA ESCRITURA: 
 A Sagrada Escritura, além da paternidade natural, destaca também a paternidade espiritual, que está ligada com a dimensão religiosa e a missão do povo eleito. O grande exemplo é Abraão, considerado o pai do povo judeu. O próprio Deus assim falou com ele: “A aliança que eu faço com você é esta: você será pai de muitas nações” (Gn 17,4).


Abraão, Isaac e Jacó se tornam os patriarcas do povo de IsraeL Também os doze filhos de Jacó se tornam guias espirituais para as doze tribos. O Povo de Israel tem nesses patriarcas o símbolo do cuidado de Deus que os guia através de geração em geração. O pai é assim, o repassador da benção de Deus para com os filhos e aquele que salvaguarda a família.O pai, é assim, visto em sua missão de dignidade e responsabilidade.

A SOCIEDADE MODERNA E A NOÇÃO DE PATERNIDADE:

Infelizmente, nossa geração  tem sofrido terrivelmente com a noção deturpada sobre a idéia de paternidade, ou porque os pais muitas vezes têm abusado da sua autoridade ou têm estado ausentes, causando uma lacuna de confiança e segurança no coração de tantos filhos e filhas. 


Longe de ser autoritário, o pai deve ser o iniciador na liberdade. É ele que orienta os passos do filho e o ajuda a conquistar sua autonomia. É a figura paterna que, psicologicamente conduz a pessoa a verdadeira noção da liberdade, com suas escolhas, consequências e responsabilidades. Hoje se cai numa tentação de dizer que a figura paterna pode ser substituida pela figura materna. Sei que muitas são as mães que corajosamente criam seus filhos sozinhas, mas a figura paterna ,é sim, insubistituível tanto quando a figura materna.

Hoje, vivemos numa sociedade em que a noção de liberdade se tornou sinônimo de fazer o que se quer. Com a ausência da figura paterna, muitos filhos não aprendem que a liberdade é escolha para o bem. Neste processo ,a figura paterna é extremamente importante na educação dos filhos. A paternidade passa a ser compreendida como um processo importante para o crescimento e para a integração psicoafetiva da criança. Assumir um filho significa comprometer-se em todas as dimensões possíveis. 


Por outro lado, a educação é um processo lento e cheio de conflitos. É o prolongamento espiritual da paternidade corporal. A criança, quando nasce, é um ser indefeso, dependente, só sobrevive mediante os cuidados e o amor de pessoas adultas. A família é o lugar favorável em  que realiza o desenvolvimento humano da criança. É o lugar do aconchego. É o ninho do amor.E neste espaço sagrado a pessoa do pai assume uma singular importância.


É o pai que nutre no filho a noção da fortaleza diante das dificuldades, da segurança em relação ao mundo, da confiança e de tantas outras matizes psicológicas e afetivas. Sem esta figura, possivelmente o filho terá grandes complicações de ordem afetiva e até mesmo espiritual.


Precisamos redescobrir a figura paterna no plano de Deus e assim podermos aprofundar em seu real sentido.
 
A DESCOBERTA DA PATERNIDADE DE DEUS: Restaurando o sentido da paternidade



A figura de Deus como nosso pai dá uma idéia de como a paternidade humana deve ser. Algumas pessoas nunca conheceram seu pai biológico ou tiveram uma experiência negativa com o pai. Às vezes, isto torna difícil aceitar a idéia de Deus como Pai. Se você estiver nesta situação, pense sobre outros homens que tenham tido uma influência constante, positiva e de apoio na sua vida. Quais são as qualidades paternas evidentes em Deus?

“E lhes serei Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso” (2 Cor 6.18).
   
Temos em Deus o Pai que é todo Amor e perdão. Devemos transcender as figuras humanas falhas, e lançarmos nosso olhar neste Pai que é sempre cheio de ternura para conosco.
 
DO TEMOR PARA O AMOR: O Pai nos faz família! 


Com Jesus há uma mudança básica em relação a Deus Pai. A grande novidade que Jesus apresenta é a sua intimidade e proximidade com o Pai. Os discípulos ficam encantados e percebem uma nova paternidade de Deus. Nasce neles uma confiança filial sem limite. 

A imagem que Jesus apresenta do Pai é uma novidade. Abre a perspectiva do relacionamento humano para além fronteiras. Somos, no Pai,irmãos e irmãs! A partir de então, é possível acolher também o estrangeiro como irmão. As divisões são superadas. 

Os preconceitos, vencidos. É preciso até mesmo chegar ao absurdo de amar os inimigos e rezar por aqueles que nos perseguem (Mt 5,44). 

Amar o inimigo é entrar em relação concreta com aquele que também é amado por Deus, mas que no momento se apresenta como problema para mim. Os conflitos são também tarefas do amor. E é isso que os discípulos são convidados a vivenciar. 

Creio que hoje o que a humanidade mais precisa é a experiência com Deus Pai. Precisamos ter a coragem de buscar, não sombras do passado, mas o Amor do Pai que se abre a nós no agora.Neste exato momento o Pai está amando você de uma forma que você nunca poderia imaginar. Você é a criança amada do Pai!


Este olhar para o amor de Deus pai por nós é a única força capaz de curar as feridas mais profundas do nosso coração. É lá, no amor do Pai que a humanidade reencontrará a paz.É lá, nos braços do nosso Papaizinho, que teremos a ternura que necessitamos. Corramos para os braços do nosso Abbá...Ele nos espera!
Deus abençoe você no Amor do Pai.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A DECEPÇÃO COM DEUS: Um estudo bíblico sobre a decepção no profeta Elias



O que é uma decepção?
Por definição, é o ato ou efeito de enganar; surpresa desagradável; logro; desilusão. Logo, uma pessoa decepcionada é uma pessoa desiludida e, consequentemente “dolorida”, machucada, “necrosada”, ou seja, partes vitais deram lugar à morte. Não a morte de tecidos, células, mas a morte simbólica, a decepção dos sonhos, dos objetivos, dos desejos. Ela pode surgir por força de:
  • Decepção pessoal – Talvez a descoberta de que não somos tão bons e “eficientes” quanto os outros esperam que sejamos. Numa sociedade que exige sempre resultados imediatos, desanimamos porque quase sempre o nosso melhor ainda não é o suficiente. Chegamos à conclusão, muitas vezes equivocada, que somos um fracasso.
  • Decepção motivacional – Talvez a falta de reconhecimento por aquilo que fazemos. Trabalhamos duramente, mas ninguém se aproxima para dizer um: “parabéns”. Isso produz um sentimento de rejeição e, mais tarde, a sensação de inutilidade: pra que fazer, se ninguém vai mesmo perceber?
  • Decepção comunitária - Talvez a sensação de que todos pularam do barco e você está remando sozinho. É difícil permanecer otimista e animado quando todos ao seu redor estão desanimados. Porém, não demora a surgir aquela “síndrome de vítima” ou “síndrome do coitadinho”, a famosa autocomiseração. Não sendo devidamente tratada, ela pode nos levar ao ponto de achar que todos estão contra nós e somos os únicos a sofrer o que sofremos.


Existem expectativas relacionais tão frustrantes que nos levam a desacreditar das amizades, do casamento, da família, da igreja, do amor, enfim, de tudo, chegando inclusive a desacreditar do próprio Deus.

Um texto que nos ajuda de forma extraordinária, não apenas a entender, mas sobre tudo a encontrar o caminho da cura para a “decepção com Deus” é a história de Elias em I Reis 19,1-18.


De quem estamos falando?
Estamos falando de um dos profetas de maior expressão do Antigo Testamento. Depois de uma arrasadora vitória sobre 450 profetas do deus Baal, ele foi jurado de morte pela rainha Jezabel e, com medo, fugiu para o deserto. Caiu, então, numa grande depressão, e chegou a pedir a Deus que o matasse (v.4). Significa dizer que: “os grandes heróis da Bíblia também lutaram com a decepção”. A forma como este “herói ferido” foi tratado, é para nós hoje um medicamento poderoso para vencermos aquela que, julgo eu, ser a pior de todas as decepções, a com Deus.


Quando você se decepciona com alguém há duas opções: desistir ou continuar. Continuar, no entanto torna-se difícil, por quê? Porque continuar exige “zerar a relação”, é a busca pelo marco zero. Implica em tomar a iniciativa que pode ser a da fuga ou da busca.

A iniciativa de Deus é sempre a procura, a nossa é a fuga. Deus, porém pode decidir vir do modo e no tempo que achar melhor: por meio de coisas extraordinárias ou não. 


A expectativa do nosso coração é a das coisas rápidas, imediatas e extraordinárias, pois a pirotecnia nos atrai – haja vista os fogos na praia de Copacabana que atrai milhões do mundo todo. Elias estava acostumado com as grandes e imediatas manifestações de Deus, como isto não acontece, ele se frustra.

Na maioria esmagadora das vezes, Deus decide: calar-se e esperar; surpreender e confrontar ou fazer uso de suaves e desconcertantes perguntas que precedem ordens incisivas. É justamente aí que nascem muitas das nossas decepções com Deus. Por quê? Porque queremos formatar Deus estabelecendo tempo, modo e inclusive a dinâmica do seu agir.
No caso de Elias, Deus decidiu pelas três opções concomitantemente:
  • A) Enquanto Elias esperava uma palavra, Deus se calava Surge no coração do profeta: o medo, a fuga e a solidão. Sentimentos e atitudes bem próprios do decepcionado.
  • B) Enquanto Elias esperava pela morte, Deus o surpreendia com a vida – Surge o anjo, a água e o pão. Providências simples, porém essenciais para que a vida prossiga: companhia, sustento e proteção.
  • C) Enquanto Elias espera pelo fim, Deus falava de um novo começo – Surge à volta, o deserto e a unção. Tratamento de choque para produzir amadurecimento: retorno onde havia parado; campo de ação e redefinição de função.
Afinal de contas o problema é com Deus ou com as nossas expectativas? Expectativas equivocadas colocadas sobre Deus, e enganos sofridos em nossa caminhada de fé, podem produzir grandes estragos.
Estes estragos precisam então de um tratamento eficaz, e ele ocorrerá somente quando compreendermos algumas verdades essenciais. Tão somente depois da sua aplicação estaremos prontos para um novo começo. Quais são eles então?
  • 1) Cognocibilidade – Tanto a nossa idéia como a experiência de Deus não esgota quem Ele é. Deus pode ser conhecido, porém não compreendido.
  • 2) Amplitude – Precisamos buscar uma renovação do nosso relacionamento com Deus. Ele nos ajudará a expandir tanto a nossa esfera de ação, como os horizontes de nossa fé.Sempre poderemos nos aprofundar na experiencia com Deus para termos uma real noção de quem somos e de quem Deus é.
  • 3) Realidade – Todos nós podemos fracassar, cair, fraquejar. Então, aprendamos com nossa realidade e não fujamos dela. Podemos aproveitar nossas quedas e aprendermos com elas, como nos ensina São Francisco de Sales.Aceitando nossa realidade de pecadores não nos surpreendemos com nossas quedas, não nos escadalizamos com a dos irmãos nem culpamos a Deus por nossas míserias.
  • 4) Indagação – Precisamos sempre nos questionar de todas as coisas, pois o questionamento sempre nos leva a algo a descobrir dentro de nós. Não tenhamos medos de nossas dúvidas, pois elas nos levam a buscarmos o tesouro dentro de nós mesmos.


A que conclusões podemos chegar?
Podemos ver que mesmo nesta situação em que o profeta se vê diante de um sofrimento e perseguição Deus está no controle. Deus tinha um objetivo com tudo isso: Ele queria renovar o coração de Elias. O Senhor, que jamais desiste dos seus servos, estava tratando o coração de Elias para continuar a obra pré-determinada por Ele desde antes da fundação do mundo. “Qual é a causa da decepção de Elias? A ausência de pessoas, de sinais ou do próprio Deus? Se você deseja um recomeço com Deus, preste atenção nestes conselhos:

1) Renove sua confiança no Senhor, pois mais vale um cão vivo do que um leão morto!

O texto nos diz que Elias, deprimido e dormindo embaixo de uma árvore no deserto, foi acordado por um anjo enviado do Senhor, que o alimentou e matou a sua sede. Era uma prova de que Deus não o havia abandonado. Davi, no Salmo 27, disse que ainda que “meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá” (v.10).

2) Confronte o seu problema deixando-se confrontar!

Geralmente temos a tendência de fugir quando ficamos desanimados. Como Elias, buscamos na solidão a solução para o nosso desânimo. Por isso, a pergunta que o Senhor faz a Elias no verso nove é tão significativa: “Que fazes aqui, Elias?” Deus estava dando a Elias a oportunidade de reavaliar a razão do seu desânimo, de confrontar o seu problema e de descobrir que, no fundo, o que faltava era confiança em Deus. Elias teria que “tocar na ferida”, assumir o seu medo. Não tenha medo de “tocar nas feridas”. O maior problema da decepção é que ela nos traz derrotas sem batalhas. Tira-nos a vontade de lutar. Como uma bola de neve, a decepção busca refúgio na solidão, que causa desânimo, que busca mais solidão. Pare de fugir! É hora de reagir! Confie em Deus.

3) Entenda que Deus trabalha mesmo quando você pensa que não!

A maneira como Deus falou com Elias no monte Horebe (vv.11-13) é muito instrutiva. Sua voz não estava na ventania, no terremoto ou no fogo, mas numa brisa suave. Elias era um profeta acostumado a ver milagres espetaculares, mas agora, o Senhor queria ensinar algo novo ao profeta: Deus não trabalha apenas quando grandes milagres acontecem. Ele também fala através de “brisas suaves”, de coisas pequenas, imperceptíveis. Elias não precisava de mais sinais, ele precisava de mais fé. Quando você sentir que tudo acabou, que não há esperança, que Deus lhe virou as costas, lembre-se: Deus trabalha mesmo quando você pensa que ele está dormindo, porque “é certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel” (Sl 121,4).


4) Volte ao trabalho, pois para ele Deus te chamou.

Lendo os versículos 15-18, percebemos que a mensagem do Senhor para Elias era muito simples: Elias volte ao trabalho, volte a ser um profeta do Senhor, volte a ungir reis (tarefa específica dos profetas). A sua inatividade só tinha lhe dado mais tempo para se lamentar. Muitas vezes somos como Elias: em vez de trabalhar, lamentamos; em vez de servir, reclamamos, e para piorar a questão, a culpa é sempre de algo ou alguém que responsabilizamos pela nossa decepção. Vamos lá, levante-se, volte ao trabalho.Se não puder voar, ande. Se não puder andar, engatinhe...o importante é nunca desistir de ir em frente, seja lá como for.Deus nos ajudará sempre com sua Graça e esta deve ser a nossa confiança.

A Bem-aventurada Teresa de Calcutá dizia: A nós o trabalho, a Jesus o sucesso...


Deus abençoe você.