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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Bendita Aquela que acreditou


A palavra “Advento” vem do verbo latino: advenire, que se traduz por “vir para junto, chegar para perto”. Na linguagem cristã católica, o Advento é o tempo litúrgico que precede a grande festa do Natal de Jesus. São as quatro semanas preparatórias dos corações para o natalício de Jesus Cristo. Nessa oportunidade, somos chamados a realizar uma aceitação mais profunda da pessoa de Jesus, do seu Evangelho, bem como de sua Igreja, com toda a abrangente riqueza espiritual que ela oferece.




O significado existencial da palavra Advento é muito sugestivo. Advento sugere e exprime uma atitude e uma decisão de “alguém querer vir para perto de você”. Mas ao mesmo tempo, sugere a sua atitude e decisão de corresponder àquele que vem, “indo ao seu encontro”, feliz por causa de sua vinda, e com determinação de acolhê-lo da melhor forma.


Uma das figuras centrais do Advento é Maria de Nazaré. Diz Sto Agostinho que, “não sendo o mundo digno de receber o Filho de Deus diretamente das mãos do Pai, foi dado a Maria, para que os homens O recebessem através dela”.                                                                
Maria é “templo do Espírito Santo”, o qual nela entrou fazendo-a mãe virgem do Filho de Deus; estabeleceu nela sua morada e ligou-a intimamente com Deus.



Maria é “a casa de Deus”, lugar da habitação física de Deus, por nove meses: é ela a “arca da aliança”, para mostrar porque se tornou o lugar da presença viva do Deus que nela se fez homem. Maria é a “torre de Davi”, nela se torna verdade a expectativa e profecias de tantos séculos.  




Por isso a Virgem Maria é modelo daqueles que esperam o Senhor. Quem melhor do que Ela aguardou e se preparou para a chegada de Jesus? Ela é a bendita flor que gerou o bendito fruto da nossa Salvação.     



Nosso pensamento volta-se 2.000 anos no tempo. Quase podemos ver aquela pequena cidade de Ain-Karin, distante 15 km de Jerusalém e cerca de 100 Km de Nazaré. Nas encostas da montanha ficava a casa de um casal em festa: Isabel e Zacarias que esperavam seu primeiro filho, João Batista.

 Isabel era prima de Maria e já tinha uma certa idade. Precisava de ajuda pois se aproximavam os dias em que teria que dar à luz. Maria num gesto bonito de solidariedade sai de Nazaré e faz a longa caminhada para servir Isabel. 

No ventre de Maria já estava o menino Jesus. Que cena bonita o encontro das duas primas. É o primeiro abraço de Jesus com seu precursor, João Batista. O menino estremece de alegria no ventre de Isabel e ela fica cheia do Espírito Santo e começa a rezar, louvar, dar glórias a Deus. Maria ouve sorridente, mas em silêncio. 
Entre tantas preces Isabel diz em alta voz: “Bendita é tu entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre!” A Igreja preservou a memória destas palavras na ave-maria. Todos os dias rezamos o mesmo louvor. 

Seria interessante voltar nosso pensamento para o abraço cheio de ternura com que a frase foi proclamada. Maria também nos visita com sua prece, sua intercessão. Precisamos estar cheios do Espírito Santo para rezar esta prece com sinceridade de coração.
Um pouco mais adiante Maria rompe o silêncio e faz sua prece em canção. O evangelista São Lucas assim compilou o que hoje conhecemos como Magnificat (Lc 1, 46-55). 

Foi uma tarde de louvor. Em sua oração Maria profetiza: “Sim, doravante todas as gerações me chamarão de bendita!” Nós fazemos parte desta geração que chama Maria de bendito. Fazemos isso toda vez em que rezamos a ave-maria. 
Mas é importante dizer também que a devoção mariana não é um fim em si mesma. A própria ave-maria não estaciona no louvor à Mãe de Deus. Aponta um pouco mais adiante para Jesus! Maria é o sacrário onde habita o Senhor.  


Quando recebemos o abraço de Maria sempre ficamos cheios do Espírito Santo e sentimos a presença de Jesus.



Enfim, Maria é a “Mãe do Salvador”. Ela é a escolhida para possibilitar a encarnação do Verbo, gerando aquele que é a um só tempo Deus e homem. Sua grandeza consiste em não só ter gerado Jesus, mas de o ter seguido plenamente, colaborando na redenção do gênero humano.



Invoquêmo-la, neste Advento, como Mãe daquele  que deseja nascer em nosso coração neste Natal. Chamemos Maria, para que assim como a casa e a vida de Isabel encheu-se da presença do Senhor com sua visita, assim também nossa familia se encha do amor que vem de jesus. Assim seja.



Um comentário:

Marian disse...

¡ Extraordinario psst!.
¡Muchas gracias!¡Feliz Adviento!
Un abrazo. En comunión de oraciones.