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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

experimentando a misericórdia de Deus depois da queda





Se percorrermos as Santas Escrituras, descobriremos constantemente que a presença da misericórdia de Deus: "enche a terra", estende-se a todos os seus filhos; rodeia-nos, antecede-nos, multiplica-se para nos ajudar, e foi continuamente confirmada.

Ao ocupar-se de nós como Pai amoroso, Deus nos tem presentes em sua misericórdia: uma misericórdia suave, agradável como a nuvem que se desfaz em tempo de seca.

Jesus Cristo nos convida sempre mais a experimentar da misericórdia e vivê-la com nosso semelhante: "Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia" (Mt 5, 7). E em outra ocasião: "Sede misericordiosos, como vosso pai celestial é misericordioso" (Lc 6, 36).

Ficaram também muito gravadas em nós, entre tantas outras cenas do Evangelho, a clemência com a mulher adúltera, as parábolas do Pai Misericórdioso, da ovelha perdida e do devedor perdoado, a ressurreição do filho da viúva Naim (Lc 7, 11-17).

Morreu o filho único daquela pobre viúva, aquele que dava sentido à sua vida e podia ajudá-la na sua velhice. Mas Cristo não faz o milagre por justiça; Ele o faz por compaixão, porque se comove interiormente perante a dor humana.

Que segurança nos deve produzir a infinita compaixão do Senhor por nós! "Clamará por mim e eu o ouvirei, porque sou misericordioso" diz o Senhor na Palavra. É um convite, uma promessa que não deixará de cumprir. "Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançarmos a misericórdia e auxílio da graça no tempo oportuno" (Heb 4, 16).

Os inimigos da nossa santificação nada conseguirão, porque essa misericórdia de Deus nos protege por antecipado; e se por nossa culpa e fraqueza caímos, o Senhor nos socorre e nos levanta.

"São José Maria Escrivá dizia a um penitente certa vez:Outra queda..., e que queda!... Vais desesperar-te? Não: humilhar-te e recorrer, por Maria, tua Mãe, ao Amor Misericordioso de Jesus. - Um miserere e... coração ao alto! - Vamos!, começa de novo. (São Josemaria, Caminho, 711)


Santa Teresinha certa vez escreveu numa carta seus sentimentos por experimentar sua profunda fraqueza :"Reconheço-o, ó Senhor; sou muito fraca e todos os dias, faço disso uma nova experiência. Mas Jesus, dignai-Vos ensinar-me aquela ciência que me faz gloriar-me das minhas fraquezas. Esta é uma grande graça e só nela encontro a paz e o descanso do coração".

Jesus disse a uma vidente, a serva de Deus Josefa Mendez,apostola de seu divino Coração, essas palavras depois de uma queda:

"Não percas tempo em lamentações pelas tuas quedas. Prefiro uma alma que sorri sempre e faz o que puder para amar-Me.Preocupa-te de amar e não percas tempo.Quero ser amado. Se me amares, ser-te-á impossível ofender-Me. Se me amares de verdade, não terás medo de nada. Estás sempre no fundo do Meu Coração.O Meu Coração encontra consolação em perdoar. O meu Coração alegra-se em ver uma alma que não se perde em lamentos e dá-me glória se se refugiar prontamente em Mim. Eu olho para ela com amor e a minha ternura cresce.Eu sustentarei a tua fraqueza: Tu me amas e Eu te amo; tu és minha e Eu sou teu. Que queres mais?Quero-te sorridente. Quero-te ver na alegria e contente, porque fico honrado em ver-te em paz e na alegria . SE TU CAIRES MAIS UMA VEZ, LEVANTA-TE E AMA-ME DE NOVO E SEMPRE !"

Este é o amor de Deus para conosco ou seja, é o Amor que se antecipa a nós, vem á nosso encontro, é o amor que se debruça sobre a miséria do homem!

Como uma mãe ao ver a queda do filhinho corre apressada em sua direção estendendo-lhe os braços maternos,
assim nosso Deus nos socorre muito mais ardentemente, lança-se ao nosso encontro quando estamos caidos.

Deixemos que esta mão segura nos ajude a levantar, sempre...

domingo, 28 de novembro de 2010

Consagrados devem ser "Evangelho vivo" que responda ao mundo, afirma Bento XVI


fonte: acidigital


VATICANO, 26 Nov. 10 / 12:48 pm (ACI).- Em seu discurso aos participantes da Assembléia Geral da União dos Superiores Generais (USG) e da União Internacional das Superioras Gerais (UISG), o Papa Bento XVI assinalou hoje que os consagrados e consagradas devem ser "um Evangelho vivo" para responder assim aos desafios da sociedade e obter a contribuição que lhes é própria na Igreja.

"A renovação profunda da vida consagrada parte da centralidade da Palavra de Deus, e mais concretamente do Evangelho, regra suprema para todos vós", disse o Santo Padre esta manhã.

Seguidamente Bento XVI sublinhou que "o Evangelho vivido todos os dias é o elemento que dá encanto e beleza à vida consagrada e se apresenta ante o mundo como uma alternativa confiável. Disto tem necessidade a sociedade atual, isto espera a Igreja de vós: que sejais um Evangelho vivo".

Referindo-se a "outro aspecto fundamental da vida consagrada: a fraternidade", o Papa indicou que "a vida fraterna é um dos aspectos que mais procuram os jovens quando se aproximam de sua vida; é um elemento profético importante que oferecem em uma sociedade muito individualista".

Neste sentido assinalou que "é necessário um discernimento sério e constante para escutar o que o Espírito diz à comunidade, para reconhecer o que é do Senhor e o que é contrário ao. Sem discernimento, acompanhado pela oração e a reflexão, a vida consagrada corre o perigo de acomodar-se nos critérios deste mundo: o individualismo, o consumismo, o materialismo; critérios que debilitam a fraternidade e fazem que a própria vida consagrada perca seu encanto".

O Santo Padre destacou outro elemento: a missão. "Forma parte de sua identidade, os impulsiona a levar o Evangelho a todos, sem limites. A missão, apoiada por uma forte experiência de Deus, por uma formação sólida e pela vida fraterna em comunidade é uma chave para a compreensão e a revitalização da vida consagrada. Renovem sua presença nos areópagos atuais para anunciar, como fez São Paulo em Atenas, o Deus ‘desconhecido’".

Falando do problema da redução dos consagrados, especialmente na Europa, o Papa disse que "as dificuldades não devem nos fazer esquecer que a vida consagrada tem sua origem no Senhor, porque a quis para a construção e a santidade de sua Igreja, e portanto a Igreja nunca ficará privada dela".

Finalmente Bento XVI alentou a "caminhar na fé e na esperança" e pediu "um compromisso renovado na pastoral vocacional e na formação inicial e permanente".

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Um Deus que desce...


Na Encarnação Jesus,o Deus Santo, Forte e Imortal, desce...desce até nós, até nossa realidade tão conturbada e nesse instante a humanidade foi agraciada com a instauração do Reino de Deus no seio de sua história: JESUS é o Deus-Conosco!


Enquanto os homens buscam elevarem-se acima do que são, numa busca desenfreada pela tentação de nossos primeiros pais de "serem como Deus",surpreendentemente Deus tornou-se humano em Cristo para salvar.

Ele desce das alturas até a pobre humanidade.Ele desce para subir de novo, trazendo consigo todo o mundo arruinado. Isso nos faz pensar em um homem forte abaixando-se cada vez mais para colocar-se debaixo de um grande e complexo fardo.

Ele deve abaixar-se para o levantar, quase desaparecendo sob a carga, antes de endireitar incrivelmente as costas e seguir avante com toda a imensa massa balançando em seus ombros.

Deus faz na Encarnação o inaudito: O Todo Poderoso tornando-se matéria, entrando no tempo e no espaço, expondo-se a morte, tornando-se homem!

Mas o que atrai esse Deus imenso até o nosso nada?São Bernardo dizia: “Jesus, quem vos fez tão pequeno? O Amor!”

Sim, é o Amor que faz Deus vir até o abismo de nossa miséria e ergue-la...santa Teresinha dizia:“É próprio do amor abaixar-se, doar-se por inteiro até o fim.” É próprio do autêntico amor se dar até às últimas conseqüências, ao extremo (cf. Jo 13,1).

Que o Deus de Amor, que desce ao seu coração, encontre nele sua morada...