Membros do Blog Filhos da Misericórdia...participe também!

domingo, 1 de novembro de 2009

O dom de Maria(Do Livro “O Santo Rosário e os Santos”.)



“Qualquer coisa....”

Na Vida de São Pio X se conta que um dia, durante uma audiência, lhe se apresentou um rapazinho com o Rosário ao colo. São Pio X olhou para ele, fixou-o por alguns instantes e lhe disse: “ Rapaz, te recomendo, tudo aquilo que desejares... mas com o Rosário!”
Estas simples palavras de São Pio X nos fazem logo compreender o valor do Rosário na sua maior amplidão: “ qualquer coisa... com o Rosário!” Graças e consolações, conversão e santificação, amparo, conforto e alegrias, “qualquer coisa”, bela e santa nos poderá vir por intermédio do Rosário.
Com a sua graciosidade, Santa Teresinha mesmo nos assegura que “com o Rosário se pode obter tudo” e acrescenta a mais linda explicação. “Segundo uma linda imagem, ele é uma longa corrente que liga o céu à terra; uma extremidade está nas nossas mãos e a outra nas mãos da virgem Maria, que o despacha logo depois como orvalho benéfico, que vem regenerar os nossos corações”.
Desde São Domingos até hoje, toda a história da santidade nos demonstra que a Coroa Bendita do Rosário é um instrumento de graças, um meio de elevação espiritual, um alimento precioso para a vida interior, é a “escada de Jacó”, dizia o servo de Deus, Pe. Aníbal de França, pela qual sobem nossas orações e descem as graças.
O Rosário foi um dom de Maria. Foi o seu Evangelho, a sua Eucaristia, o seu Breviário nas mãos de todos, grandes e pequenos, sábios e incultos. São Carlos Borromeu o chamava a “devoção diviníssima”, que deveria ser inculcada em todos. São Vicente de Paulo o chamava o “breviário dos leigos”, o cardeal Schuster de o “ Saltério dos povos”.
No Rosário, Maria se deu a nós. A sua vida, as suas obras, os seus privilégios, toda a sua graça e os seus merecimentos estão contidos nos vinte quadros evangélicos doados à nossa contemplação e percorridos harmoniosamente no ritmo suave das Ave-Marias.

Os Papas e os Santuários

Foram muitos os Papas que amaram o Santo Rosário como dom de Maria, exaltando-o e recomendando-o a toda a Igreja, enriquecendo-o de preciosas indulgências. O grande Leão XIII mereceu ser chamado “o Papa do Rosário”. São Pio X definiu o Rosário como a “oração por excelência”.
O Servo de Deus Pio XII esculpiu em maravilhosas expressões o valor e a beleza do Santo Rosário, chamando-o “Síntese de sacrifício matinal, coroa de rosas, hino de louvores, oração das famílias, compêndio de vida cristã, penhor seguro do favor celeste, presídio de esperança e salvação”.
As encíclicas, os decretos e os documentos pontifícios, geralmente, que falam do Rosário, são já algumas centenas. O Rosário, disse Papa Paulo VI: “ É uma devoção da igreja”. Ele mesmo, na ocasião do IV Centenário da encíclica de São Pio V sobre o Rosário, ( Consueverunt Romani Pontífices), celebrando o centenário com a sua exortação apostólica do dia 7 de outubro de 1969, recomendou ao povo cristão de tomar na mão a Bendita Coroa – infelizmente, hoje quase abandonada por todos – para suplicar à Mãe de Todas as Graças que socorra a Igreja e a Humanindade nas ansiedades turbulentas.
O Papa João Paulo II, de sua parte, nos deu um magnífico exemplo de devoção ao Rosário. Ele mesmo, de fato, definiu o Rosário como a sua “ Oração preferida”.
O povo de Deus, no decorrer dos séculos, não ficou insensível a este “dom de Maria”. E hoje podemos admirar no mundo, os três esplêndidos Santuários mais celebres: a Basílica do Santíssimo Rosário de Lourdes, Fátima e Pompéia, onde acorrem multidões sem número, orantes e com o Rosário nas mãos.