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quarta-feira, 22 de julho de 2009

São João Maria Vianney-O Cura D'ars


“Não é o pecador que vem a Deus para lhe pedir perdão, mas é o próprio Deus que corre atrás do pecador e que o fez retornar.” (São João Maria Vianney)

Em pleno século XVIII em figuras originais, nasce um personagem marcante e profundamente influente, que marca os corações, não por sua capacidade intelectual ou pelo seu poder, mas pela sua simplicidade e devoção: João Maria Vianney.

Criado em uma família católica, sua fé é profundamente marcada pela Revolução Francesa, que alterou o quadro político-social da França. A causa da revolução estava no antigo sistema, uma monarquia absolutista. lnfluenciados pela as idéias do Iluminismo, o terceiro estado, assim descrito, formado pelos trabalhadores, camponeses e burguesia, tomam o poder, o Rei Luis XVI é morto sob a guilhotina e em 27 de novembro de 1790, a Assembléia Constituinte obriga todo o clero do país a prestar juramento na frente dos representantes do poder. Esses atos foram condenados por Roma. A maior parte dos padres recusa o juramento. Um grande número é massacrado ou deportado. A morte sob a guilhotina era a medida para todos aqueles que não aceitaram se curvar diante do poder. Nesse contesto de terror e medo nasce o pequeno João Maria Batista Vianney, em condições simples e rudes.

O jovem camponês, que nunca tinha freqüentado a escola, gostaria de se tornar padre. Com 20 anos ele começa seus primeiros estudos, mas como seminarista teve grandes dificuldades devido ao seu fraco grau de escolaridade. Mas a perseverança foi o ponto forte de sua vocação. Após muito esforço, em 23 de junho de 1815 ele é ordenado padre e, em 1818 e nomeado pároco da pequena Aldeia de Ars-em-Dombes, com 230 habitantes, a 40 km de Lyon.

“Uma alma pura tem todo o poder sobre o bom Deus, não é mais ela que faz a vontade de Deus, mas Deus que faz a sua.” (São João Maria Vianney)
A chegada em Ars é marcada por um fato que ainda hoje é relembrado. Em dificuldades para encontrar a pequena cidade perdida entre os campos, João Maria Vianney encontra um pequeno garoto, que lhe pergunta: “O senhor é o novo pároco de Ars?” O padre Vianney responde que sim e diz ao pequeno menino: “Se tu me mostrares o caminho a Ars, eu te mostrarei o caminho do Céu”. Predição, ou não, o certo é que o pequeno pastor Antonio Givre morreu alguns dias depois dela. Um monumento de bronze, na entrada de Ars, lembra esse primeiro encontro.

Ele exerceu seu ministério numa região bem pobre e humilde, foi enviando para Ars não por uma promoção, mas devido às suas dificuldades intelectuais, para que ele não colocasse em risco a fé de muitas pessoas. O padre Vianney acabou por transformar o lugarejo de Ars em uma aldeia menos atéia, com mais amor a Deus do que aos prazeres terrenos. Morreu aos 73 anos, no dia 04 de agosto de 1859. Durante 48 horas, cerca de 300 padres e uma incalculável multidão desfilaram diante do seu corpo, em prantos, para despedir do padre que era conhecido como o “Santo Cura D’Ars”, que significa Santo Padre de Ars. A Santa Madre Igreja o Proclamou “SANTO CURA D’ARS – PATRONO DOS VIGÁRIOS”, sendo posteriormente proclamado por Bento XVII, na promulgação do ano sacerdotal, Patrono e modelo de todos os sacerdotes.

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