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quinta-feira, 23 de julho de 2009

SOCORRO DOS CRISTÃOS


Maria é o socorro dos cristãos porque o socorro é o efeito do amor e Maria é a plenitude da consumação da caridade, que ultrapassa a de todos os santos e anjos reunidos.

Ela ama as almas resgatadas por seu Filho mais do que se poderia dizer, ela as assiste em sua penas e as ajuda na prática de todas as virtudes.

Daí a exortação de são Bernardo em seu segundo sermão sobre o Missus est: “Se o vento da tentação se levanta contra ti, se a torrente das tribulações procura levar te, olhai a estrela, invocai Maria. Se as ondas do orgulho e da ambição, da maledicência e do ciúme te sacodem para tragar te em seus turbilhões, olhai a estrela, invocai a Mãe de Deus. Se a cólera, a avareza ou os furores da concupiscência zombam do frágil navio de teu espírito e ameaçam quebrá-lo, voltai teu olhar para Maria. Que a sua lembrança não se afaste jamais de teu coração e que seu nome se encontre sempre em tua boca...Mas para aproveitar do benefício de sua prece, não esqueça que deves andar sobre suas pegadas.”

Ela sempre foi o socorro não só das almas individuais, como dos povos cristãos.Pelo testemunho de Baronius, Narses, o chefe dos exércitos do imperador Justiniano, com a ajuda da Mãe de Deus, livrou a Itália, em 553, de se subjugar aos Gotos de Totila. Segundo o mesmo testemunho, em 718, a cidade de Constantinopla foi livrada dos Sarracenos, que em diversas ocasiões semelhantes foram derrotados pelo socorro de Maria.

Ainda no século XIII, Simão, conde de Monfort, abateu perto de Toulouse um considerável exército de albigenses enquanto que são Domingos rezava para a Mãe de Deus.

A cidade de Dijon foi da mesma forma, miraculosamente libertada.

Em 1571, a 7 de outubro, em Lepanto, na entrada do golfo de Corinto, com o socorro de Maria obtido pelo Rosário, uma frota turca bem mais numerosa e mais poderosa do que a dos cristãos foi completamente destruída.

O título de Nossa Senhora das Vitórias nos lembra que muitas vezes nos campos de batalha sua intervenção foi decisiva para livrar os povos cristãos oprimidos.

Nas ladainhas de Loreto, essas quatro invocações: saúde os enfermos, refugio dos pecadores, consoladora dos aflitos, socorro dos cristãos lembram incessantemente aos fieis que Maria é a Mãe da divina graça, e por isso Mãe de misericórdia.

A Igreja canta que ela é também nossa esperança: “Salve Regina, Mater misericordiae, vita, dulcedo et spes nostra, salve.” Maria é nossa esperança, na medida do que mereceu com seu Filho e por ele o socorro de Deus, que nos adquire por sua interseção sempre atual e que nos transmite. É, assim, a expressão viva e o instrumento da Misericórdia auxiliadora que é o motivo formal de nossa esperança. A confiança ou a esperança apoiada a uma “certeza de tendência para a salvação”que não cessa de aumentar, e que deriva de nossa fé na bondade de Deus todo poderoso, pronto para socorrer, na fidelidade de suas promessas; donde nos santos, o sentimento quase sempre atual de sua Paternidade que incessantemente vela por nós. A influência de Maria, sem ruído de palavras, nos incita progressivamente a essa confiança perfeita nos manifestando cada vez melhor o motivo.

A Santíssima Virgem é mesmo chamada “Mater sanctae laeticiae” e “causa nostrae laetitiae”causa de nossa alegria. Ela obtém para as almas mais generosas esse tesouro escondido que é a alegria espiritual no meio dos próprios sofrimentos. Ela lhes obtém de vez em quanto levar suas cruzes com alegria seguindo o Senhor Jesus; ela as incita no amor a cruz, e sem faze-las sentir sempre essa alegria, lhes proporciona comunica-la aos outros.

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