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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Dia 15 de setembro, dia de Nossa Senhora das Dores, A Virgem Dolorosa




DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DAS DORES

> Meditação das Dores de Nossa Senhora.

Foi o Papa Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis porque hoje se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria. Mãe de Deus e nossa.

A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores da Co-redentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgata, a crucificação, a Deposição da cruz, a sepultura, portanto, somos convidados hoje a meditar estes episódios mais importantes que os evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus.

Vamos nós, cristãos, pedir auxílio à Rainha dos Mártires, para que nos mantenha afastados do pecado, e nos dê força, auxílio e paciência para levarmos a nossa Cruz.

Estava a Mãe dolorosa,

Junto da cruz, lacrimosa,
Enquanto Jesus sofria.

Uma longa e fria espada,
Nessa hora atribulada,
O seu coração feria.

Oh quão triste e quão aflita
Padecia a Mãe bendita,
Entre blasfémias e pragas,

Ao ver o Filho amado,
De pés e braços pregado,
Sangrando das Cinco Chagas!

Quem é que não choraria,
Ao ver a Virgem Maria,
Rasgada no seu coração,

Sem poder em tal momento,
Conter as fúrias do vento
E os ódios da multidão!

Firme e heróica no seu posto,
Viu Jesus pendendo o rosto,
Soltar o alento final.

Ó Cristo, por vossa Mãe,
Que é nossa Mãe também,
Dai-nos a palma imortal.

Maria, fonte de amor,
Fazei que na vossa dor
Convosco eu chore também.

Fazei que o meu coração
Seja todo gratidão

A Cristo de quem sois Mãe.

Do vosso olhar vem aluz
Que me leva a ver Jesus
Na sua imensa agonia.

Convosco, ó Virgem, partilho
Das penas do vosso Filho,
Em quem a minha alma confia.

Mãos postas, à vossa beira,
Saiba eu, a vida inteira,
Guiar por Vós os meus passos.

E quando a noite vier,
Eu me sinta adormecer
No calor dos vossos braços.

Virgem das Virgens, Rainha,
Mãe de Deus, Senhora minha,
Chorar convosco é rezar.

Cada lágrima chorada
Lembra uma estrela tombada
Do fundo do vosso olhar.

No Calvário, entre martírios,
Fostes o Lírio dos lírios,
Todo orvalhado de pranto.

Sobre o ódio que O matava,
Fostes o amor que adorava
O Filho três vezes santo.

A cruz do Senhor me guarde,
De manhã até à tarde,

A minha alma contrita.

E quando amorte chegar,
Que eu possa ir repousar
À sua sombra bendita.

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