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sexta-feira, 13 de maio de 2011

As 115 escapadas do Papa João Paulo II


João Paulo II saiu às escondidas do Vaticano para esquiar em 115
ocasiões durante seus 27 anos de pontificado e visitou diversos pontos
da Itália, revelou Claudio Paganini, conselheiro espiritual do Centro
Esportivo Italiano.
A reportagem é da Agência Efe, 26-04-2011. A tradução é do Cepat.
Em entrevista para a Notimex, o sacerdote assegurou que não obstante
fosse Papa, às terças-feiras escapava secretamente do Vaticano e ia
esquiar em diversas estâncias dos Apeninos Centrais em Los Abruzzos,
nos Dardamelos ou nos Alpes.
 
A paixão pelo esqui do  beato foi confirmada por um de seus
colaboradores mais próximos, Joaquín  Navarro Valls, histórico porta-
voz e diretor da sala de imprensa vaticana.
 
“Agora se pode dizer: às vezes, nas terças-feiras, que continua sendo
o único dia da semana no qual o Papa não recebe pessoas e que é usado
para escrever e ler documentos, se saía e com um carro se ia esquiar
por três ou quatro horas”, disse em entrevista ao canal de televisão
Rai 1.
 
 
 
“Em silêncio se saía e se atravessava Roma. Imagina, às seis da tarde
como é o tráfico romano. Minha insegurança: seguramente alguém
descobre o Papa neste carro. Era um carro anônimo, sem a identificação
do Vaticano, mas nunca ninguém o reconheceu”, disse.
 
 
O amor de João Paulo II pela neve e pela montanha ficou gravado no
centro de esqui Campo Felice, na região italiana de Los Abruzzos, a
cerca de 200 quilômetros a leste de Roma, onde atualmente uma pista
leva seu nome.
 
 
 
Segundo Paganini, o Karol Wojtyla deixou claro que não se pode
eliminar a fé e a cultura do esporte, nem deixar a espiritualidade de
lado na hora dos esportes.
 
Recordou que desde a sua juventude caminhava, andava de bicicleta,
jogava vôlei e praticava caiaque, mas gostava muito de esquiar.
“Um homem que sabe viver como João Paulo II a fé, os valores e o
esporte faz compreender que o esporte é um ingrediente importante para
a formação. O homem de hoje se realiza quando une a atividade física à
oração, ao estudo e à cultura”, indicou.
“Não surpreende que um Papa tenha tempo para fazer isto, pensamos que
quem produz e ganha dinheiro é importante, absolutamente não. Wojtyla
nos ensinou que ter tempo para si mesmo, para praticar esporte, é
fundamental para a santidade”, considerou.
 
Para Claudio Paganini, atualmente o esporte deve aprender que um
código de ética não tem muito sentido, que é necessário formar a
pessoa globalmente porque um homem bem formado vive o esporte
corretamente, mas se carece de valores não pode ser honesto.
Como homenagem ao “Papa peregrino”, o Centro Esportivo Italiano
decidiu nomeá-lo “capitão” da edição 2011 da Clericus Cup, a “Copa do
Mundo” de futebol exclusiva para seminaristas e sacerdotes, organizada
por essa associação com o aval do Vaticano.
 
Também em entrevista, Kevin Lixey, responsável pelo Escritório Igreja
e Esportesda Sé Apostólica, disse que João Paulo II será um beato
esportista.
 
 
 
 
“O mesmo foi um grande esportista, um beato pode fazer esportes, ele
mesmo beatificou Pier Giorgio Frassati que escalava montanhas,
esquiava; isto é importante para que os jovens saibam que também o
tempo livre pode ser um espaço de santidade”, apontou.
 
 
 Abaixo, fotos do Bem-aventurado Pier Giorgio Frassati, jovem e esportista, beatificado por João Paulo II 
 
 

 

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