É, neste domingo, 15/05/2011, o Domingo de Jesus bom Pastor, isto é, do Pastor Verdadeiro. É o dia de rezar para que na Igreja se multipliquem, em número e qualidade, os bons Pastores a serviço do único Pastor, Jesus nosso Senhor.
Depois de várias aparições de Cristo ressuscitado às mulheres, aos apóstolos, aos discípulos, hoje Jesus apresenta-Se como o BOM PASTOR! É um título de Cristo muito familiar aos primeiros cristãos. A liturgia deste IV Domingo da Páscoa, convida-nos a meditar na misericordiosa ternura do nosso Salvador, para que reconheçamos os direitos que Ele adquiriu sobre cada um de nós com a Sua morte.
É uma catequese sobre a missão de Jesus: conduzir os homens às pastagens verdejantes e às fontes cristalinas de onde brota a vida em plenitude. O Bom Pastor aparece numa atitude de ternura com as ovelhas… Ele conhece-as, chama-as pelo nome, caminha com elas e estas O seguem. Elas escutam a Sua voz, porque sabem que as conduz com segurança.
Em contraste com o pastor, aparece a figura dos ladrões e dos salteadores. São todos os que se apresentam como Pastor, ou até falam em nome de Cristo, mas procuram somente vantagens pessoais. Além do título de Bom Pastor, Cristo aplica-Se a Si mesmo a imagem da porta pela qual se entra no aprisco das ovelhas que é a Igreja.
Em consonância com a linguagem biblica tradicional, João representa a Igreja como um rebanho de ovelhas reunidas pelo Bom Pastor. Desta representação emergem duas características fundamentais: o vínculo com Jesus e a liberdade do fiel no seio do rebanho.
É bastante interessante notar que tais características não só coexistem sem qualquer tensão, mas são mutuamente complementares. Por isso, este vínculo é acentuado sobremaneira de tal forma que a figura não deixa entrever qualquer instituição estabelecida, e o Espírito, que faz a Igreja viver, nem sequer é mencionado.
Com efeito, não pode haver Igreja sem relação pessoal e constantemente renovada com Jesus Cristo e, por meio dele, com o próprio Deus.
A fé é o único princípio de organização da Igreja. Certamente a instituição não é negada, mas não pode ser senão a vida de todos em comum com o Cristo, como o revela claramente a alegoria da vinha e do agricultor (Jo 15). A figura destacada do Bom Pastor ressalta, com precisão de contornos, que a liberdade do fiel se funda no seu vínculo com Ele.
A fé é o único princípio de organização da Igreja. Certamente a instituição não é negada, mas não pode ser senão a vida de todos em comum com o Cristo, como o revela claramente a alegoria da vinha e do agricultor (Jo 15). A figura destacada do Bom Pastor ressalta, com precisão de contornos, que a liberdade do fiel se funda no seu vínculo com Ele.
Com efeito, o Bom Pastor não caminha atrás do rebanho constringindo-o com o seu báculo, mas Ele vai à frente das ovelhas para que elas venham em seu seguimento, na liberdade. Ele não é o redil fechado, mas sim a porta aberta das ovelhas por onde elas entram e saem e encontram pastagem (cf. Jo 10,9).
Em contrapartida, é a fé, como ato supremo da liberdade do fiel, que determina a fidelidade no seguimento e consuma, assim, este vínculo fundamental. Isto, evidentemente, não implica a supressão dos sacramentos, mas estes só assumem sua verdadeira significação se são a expressão deste elo essencial.
Ensina o Concílio Vaticano II: “A Igreja é o redil, cuja única porta e necessário pastor é Cristo” (LG, 6). No redil entram os pastores e as ovelhas. Tanto uns como outras hão de entrar pela porta que é Cristo.
“Eu, pregava Santo Agostinho, querendo chegar até vós, isto é, ao vosso coração, prego-vos Cristo: se pregasse outra coisa, quereria entrar por outro lado. Cristo é para mim a porta para entrar em vós: por Cristo entro não nas vossas casas, mas nos vossos corações. Por Cristo entro gozosamente e escutais-me ao falar d'Ele. Porquê? Porque sois ovelhas de Cristo e fostes compradas com o Seu Sangue”.
“… e as ovelhas O seguem, porque conhecem a sua voz” (Jo 10, 4). Ora, a Igreja é Cristo continuado!
Diz São José Maria Escrivá: “Cristo deu à Sua Igreja a segurança da doutrina, a corrente de graça dos sacramentos; e providenciou para que haja pessoas que nos orientem que nos conduzam que nos recordem constantemente o caminho. Dispomos de um tesouro infinito de ciência: a Palavra de Deus guardada pela Igreja; a graça de Cristo, que se administra nos Sacramentos; o testemunho e o exemplo dos que vivem com retidão ao nosso lado e sabem fazer das suas vidas um caminho de fidelidade a Deus” (Cristo que passa, nº 34).
Jesus é a porta das ovelhas! Para as ovelhas significa que Jesus é o único lugar de acesso para que estas possam encontrar as pastagens que dão vida.
Para os cristãos, o Pastor por excelência é Cristo: Ele recebeu do Pai a missão de conduzir o rebanho de Deus… Portanto, é Cristo que deve conduzir as nossas escolhas.Cristo é o nosso Pastor! Ele Conhece as Suas ovelhas e chama-as pelo nome, mantendo com cada uma delas uma relação muito pessoal.
Toda a existência humana é demasiado complexa para que se possa vivê-la com segurança absoluta. Jesus, porém, oferece a quem O segue a direção exata e a proteção eficaz para evitar os elementos que podem prejudicar.
Afirma o Sl 22(23): “Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos nada temerei, porque Vós estais comigo...”. O Divino Pastor é quem pode, realmente, ajudar, salvar e conservar a vida.
o Santo Padre Bento XVI enviou uma mensagem, com o tema: “Propor as vocações na Igreja Local”:
“É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo, sobretudo os adolescentes e os jovens, para maturarem uma amizade genuína e afetuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica… na escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus… A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local”.
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