Uma Cruz, um Homem, dor e sangue. Natureza e humanidade num encontro mortal. Um espetáculo sangrento, com requintes do absurdo, mas curiosamente proporcionando beleza. Uma sinfonia onde a dissonância produziu melodia.
Do embate amargo entre a truculência romana e a disponibilidade intrigante Daquele humilde e belo judeu, nasceu o baile da esperança. Coisas de um Deus detalhista, amorosamente artístico. Deus abraçou a cruz, mas permaneceu com os braços abertos, formando assim o majestoso canal por onde angústias e ódios podem esvair-se.
A cruz é o ponto exato da convergência dos contrastes. A mais aguda dor, na mais doce ternura. A mais apavorante cena, no enredo mais lindo. O frágil judeu espancado, revelando-se O "maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9,6).
No auge das trevas, a Luz do mundo brilha mais fortemente quando parece que vai apagar-se. No alto da cruz, o Deus solitário grita, mas não é um grito, é meu nome que escapa. Benditos contrastes!
Nos ombros, o peso do mundo. Um caminhar lento, pesaroso, como se milhares de mãos no peito o empurrassem para trás. Ele avança. Sabe que eu preciso.
É como o pai que mesmo humilhado na guerra diária da vida, engole calado as contrariedades de seu trabalho árduo porque sabe que o filho precisa de pão. No grande trabalho da Cruz, este Cordeiro quanto mais sobe o Calvário e quanto mais humilhado fica, mas este enche a minha vida do pão da dignidade. Ele sabe disso, e continua.
Sede. O corpo avista a placa do limite que Ele já passou. Um líquido horrível e amargo lhe é apresentado. Este é o fel que amargura aquele que só nos dá doçura. Ali, pendendo como um fruto de uma árvore, está um corpo em frangalhos.
Fracasso? Não! Triunfo! O mais absoluto triunfo! A chave é virada na fechadura da Graça. A porta está aberta. O véu perdeu a legitimidade. Não há mais fronteiras. O Servo venceu. O Humilhado é digno. Minha alma agora pode adorar. Caiu a cadeia que me sufocava.
Fracasso? Não! Triunfo! O mais absoluto triunfo! A chave é virada na fechadura da Graça. A porta está aberta. O véu perdeu a legitimidade. Não há mais fronteiras. O Servo venceu. O Humilhado é digno. Minha alma agora pode adorar. Caiu a cadeia que me sufocava.
Após a ressurreição, ele mantém suas feridas. Um lembrete mudo daquele limite. Ele anda pela vida nos encontros com seus amados. Transmitindo-lhes uma certeza: valeu à pena! Por causa disso, agora estou livre. Posso cruzar fronteiras! Posso olhar para dentro de mim.
Agora, a Ceia do Senhor tem um colorido magistral: "fazei isto em memória de mim": posso olhar para trás livre dos temores do passado. Agora eu posso fechar os olhos e olhar para dentro de mim mesmo, pois sei que os fantasmas dos sonhos mortos já não pode me assustar, pois Ele venceu meus erros do passado, e também posso aguardar o amanhã confiante, pois sei que lá está esperando-me de braços abertos.
Agora, a Ceia do Senhor tem um colorido magistral: "fazei isto em memória de mim": posso olhar para trás livre dos temores do passado. Agora eu posso fechar os olhos e olhar para dentro de mim mesmo, pois sei que os fantasmas dos sonhos mortos já não pode me assustar, pois Ele venceu meus erros do passado, e também posso aguardar o amanhã confiante, pois sei que lá está esperando-me de braços abertos.
Como diz a letra de uma música: "Leva-me pra Cruz onde eu te encontro", lá, na Cruz de cada dia, encontro o motivo para eu abraçá-la: Jesus crucificado, preso por Amor a minhas cruzes. Contemplando-o tomo coragem.
A extraordinária beleza da cruz transmite certezas ao meu caminhar. Seu legado anda comigo: Perdão, Graça, entrega, Amor. É libertador ter a certeza feliz do Deus forte nos fracos. Ontem eu tive a certeza: Amor é o outro nome da cruz.
A extraordinária beleza da cruz transmite certezas ao meu caminhar. Seu legado anda comigo: Perdão, Graça, entrega, Amor. É libertador ter a certeza feliz do Deus forte nos fracos. Ontem eu tive a certeza: Amor é o outro nome da cruz.
Obrigado Jorge Lucas
Um comentário:
Blog muito lindo parabéns Filhos da MIsericordia
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