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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Confiar inteiramente na Misericórdia de Deus




“Jesus, eu confio em vós!” Constantemente nos pomos a repetir essa bela frase de misericórdia, quando, por causa de nossos pecados, sentimos a necessidade do arrependimento e do perdão. Sim, Jesus, nós confiamos inteiramente em Vós, sem nenhuma restrição, sem nenhum impedimento. É assim que queremos nos consagrar a Ti, ao Teu Sagrado Coração, à vossa imensa misericórdia. As etapas dessa consagração à Misericórdia Divina constituem, de fato, um processo maravilhoso em nossa vida, capaz de renovar “sem cessar os sentimentos da nossa alma” (Ef 4,23).

Em primeiro lugar, precisamos confiar inteiramente em Deus, como já proclamamos. Essa confiança, que não desanima, que não larga a cruz no meio do caminho, é a base para que possamos construir a verdadeira . Sabemos que não existe fé sem que passemos pela experiência terrível do sofrimento. Quando falamos “terrível”, dimensionamos a cruz na visão humana. Contudo, aquele que é provado pela cruz sabe muito bem que sai muito mais fortalecido do que antes, capaz de suportar tribulações e dificuldades. Assim, a fé, provada na tribulação, produz a esperança, que é outra necessidade que Jesus Cristo nos impõe para que consagremo-nos definitivamente à Sua Bondade.

Diz São Paulo na Carta aos Romanos: “Sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança. E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,3-5). É a esperança, caríssimos irmãos, que é capaz de fazer com que nós criemos, já em nossa vida terrena, um princípio de vida eterna. O amor de Deus, derramado sobre nossos corações, é a maior prova de que essa esperança não decepciona. Ela é o sólido fundamento para que possamos ser salvos. Em contraposição, o desespero e a presunção já produzem em nós sementes de inferno.

E por quê? Porque, primeiro, “pelo desespero, o homem deixa de esperar de Deus a sua salvação pessoal, os auxílios para alcançá-la ou o perdão de seus pecados” (CIC 2091). Esse é um dos maiores pecados contra a misericórdia de Deus, que é infinita. Pelo desespero, o homem pensa que seu pecado é maior que a misericórdia de Deus e isso faz com que ele se afunde mais e mais no abismo de promiscuidade e escuridão em que vive. Da mesma forma, a presunção faz com que o homem exceda essa esperança de Deus e se ache capaz da salvação pelas próprias forças. O ideal, entre desespero e presunção, seria então cultivar essa esperança que não engana. Não devemos, pois, dizer: “Já estou salvo”. E nem dizer: “Já estou condenado”

É preciso aprender uma lei importantíssima para seguir se consagrando a Jesus: a Sua Misericórdia é quem dita as regras. E não importa os caminhos por onde andamos ou nos espinhos que pisamos, Ele quer sempre nos ver voltando, confessando nossos pecados, para que, assim, recebamos suas graças. É nesse contexto que a misericórdia de Deus se apresenta como força restauradora. Ela quer nos tirar do buraco do pecado e nos trazer à vida. Ela quer a nossa conversão. Sobre essa característica da misericórdia divina, São Paulo deixa claro: “como pusestes os vossos membros a serviço da impureza para cometer a iniqüidade, assim ponde agora os vossos membros a serviço da justiça para chegar à santidade” (Rm 6,19).

Vejamos que grande maravilha é confiar na misericórdia de Deus: é ter fé, produzir esperança e ainda por cima ‘servir a justiça’ como meio de buscar a santidade! São esses os principais passos para se consagrar à Sua bondade. Todo o resto vem por acréscimo. Porque diz Jesus Cristo: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6,33). E não é possível buscar o Reino de Deus se não buscarmos o auxílio de Maria Santíssima.

É esse o passo fundamental para chegarmos a Deus: buscar o auxílio da Santíssima Virgem. Ela, que trouxe em seu seio materno o menino Jesus, o tão puro e sublime filho de Deus; ela, que visitou Isabel e levou a graça a ela, quer também hoje nos visitar, trazendo-nos Jesus Cristo, “caminho, verdade e vida” (Jo 14,6). Como corredentora da salvação, ela quer que deitemos em seu colo e, assim como um filho precisa dos carinhos de sua mãe, aprendamos os caminhos de Deus. É preciso confiar à Maria, Mãe Medianeira, Mãe, acima de tudo, da misericórdia, as nossas misérias e tristezas e, desse modo, buscar alcançar Jesus.

Misericórdia exige sacrifício. Não são paradoxos. Ambos se completam. Deus quer que saibamos viver os dois, para que assim, vivamos a perfeita fé que, completada pela esperança, é capaz de mudar a nossa vida. Que Nossa Senhora, Rainha do Céu e da Terra, nos ajude a perseverar no caminho da fé. Só ela, mãe da obediência, pode nos mostrar o verdadeiro caminho que conduz ao Pai: Jesus Cristo.

Fonte:Ecclesia Una

Um comentário:

Unknown disse...

Eu estava precisando exatamente dessa palavra. Estou, ou melhor, estava com depressão, mas a Misericórdia de Jesus é maior que tudo.Rezem pela minha mãe, por mim e toda minha família.
Ana