Na antiguidade, alguns médicos já relacionavam sentimentos com doenças. Cláudio Galeno (129 d.C.) afirmou: “Nos recônditos da alma estão a causa da grande maioria das enfermidades”.
William Shakespeare (1564-1616) disse: "Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”.
Pessoas ressentidas adoecem com mais facilidade.
Charles Swindoll, diz “o ressentimento é como uma corrente que nos aprisiona a um fato ou a uma pessoa”. E o pior é que nós mesmos nos aprisionamos. Nós é que sofremos e perdemos a alegria dos relacionamentos e da vida. As pessoas podem até ser atingidas por nosso ressentimento, mas o maior afetado é aquele que se ressente.
O ressentimento só pode ser curado pelo amor e pelo perdão. Onde o amor reina, não existe ressentimento, pois o amor não guarda ressentimento. Em 1 Coríntios 13,5, lemos claramente:“o amor não se ressente do mal.” O verbo ressentir (gr. logizomai), significa ‘contar, registrar, ou pesar duas vezes.”
A mesma palavra é usada em 2 Coríntios 5,19; “...a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação”. (Rm 4,8; 2 Tm 4,16).
Infelizmente, algumas pessoas contam dezenas, centenas ou milhares de vezes uma tristeza ou decepção e, em função disso, não conseguem se libertar desse sentimento.
Muitos vivem aprisionados pela raiva, pela culpa, pela amargura e pelos ressentimentos. Tais pessoas tornaram-se amargas, rancorosas, inseguras e, é claro, infelizes. Pessoas assim são emocionalmente doentes, prejudicando, inclusive, sua saúde física, com as chamadas doenças psicossomáticas – aquelas que aparecem no corpo (soma), mas originam-se na alma (psiquê).
Para quem deseja viver de maneira saudável — celebrar a vida em sua plenitude, crescer interiormente com o coração aberto e vivenciar o amor, a paz e a felicidade —, a experiência do perdão é imprescindível. Isto faz parte do processo de cura de nossas feridas e ajuda-nos a viver em liberdade.
Ao longo da existência, algumas pessoas nos fazem sofrer muito. Vivenciamos situações traumáticas que deixam em nós marcas profundas. Sentimo-nos como vasos quebrados. Temos a sensação de que nunca mais seremos inteiros outra vez. Algumas experiências dolorosas nos deixam aos pedaços, com sentimentos e sonhos fragmentados. Como nossa cultura ocidental pouco ensina sobre a prática do perdão, não sabemos perdoar a nós mesmos nem aos outros. Por isso, faz sentido aprender a perdoar como condição de liberdade e paz interior.
Sem isso, podemos desenvolver uma percepção negativa de nós mesmos por conta de fracassos, dissabores e perdas que não conseguimos superar. A vida fica aprisionada pelas lembranças desconfortáveis de um passado que insiste em permanecer vivo. O perdão é uma condição para a cura interior. Ele tem o poder de restaurar aquilo que foi quebrado e de reconstruir a vida a partir dos fragmentos que restaram. Ele é a semente que faz a vida brotar outra vez.
Logo, perdoar não significa tolerar aquilo que não aceitamos, nem fingir que tudo está bem quando sabemos que não está. Não implica apenas mudar de comportamento só para agradar os outros, nem mentir para si mesmo dizendo que esqueceu quando a amarga lembrança ainda dói. Perdoar é permitir-se uma nova maneira de olhar as pessoas e as circunstâncias ao redor sem sofrimento. É lembrar sem sentir dor. Perdoar implica libertar-nos do fardo que nos torna vítimas de experiências e lembranças desagradáveis e começar a viver novamente.
Jesus disse que devemos amar o próximo e até os inimigos (Mateus 5,44; 22,39). Ele orou na cruz:“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lucas 23,34), Essa foi a maior demonstração de como podemos curar os ressentimentos e reconstruir os relacionamentos abalados.Certamente você já foi ofendido por alguém e tem dificuldades de perdoar. Perdoe, ame aquele que te decepcionou, ame aquele que te feriu!
Amando e perdoando conseguiremos nos livrar dos ressentimentos e seremos pessoas saudáveis. Em Hebreus nós lemos: “...nem haja (em vós) alguma raiz de amargura (ressentimento) que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”. Antes, “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós”.Hebreus 12,15
Perdoar, não é uma questão de sentimento, mas de decisão: Decisão de imitar o amor de Deus que primeiramente nos perdoa, decisão de não guardar no coração raízes do mal , raízes que darão frutos maus que só eu irei comer.
Já parou pra pensar que o seu ressentimento não muda o outro, mas só muda você mesmo, e pra pior! Mas, ao contrário, o perdão é esta força capaz até mesmo de fazer o outro admitir seu erro, e mesmo não acontecendo tal fato, já nos faz experimentar seus efeitos em nós. Perdoar é se deixar inundar pelo amor de Deus, e quem que é inundado desse amor pode ser infeliz?
Aliás, é com a medida que damos o perdão que o receberemos também.. o perdão é uma vasilha. Quando menor ela é, menos eu dou,mas também menos eu recebo... Por isso providenciemos uma "vasilha" bem grande de perdão, para podermos enche-la para nós também.
Jesus sabe que é difícil... Decidir perdoar é um ato tantas vezes heroico... Não foi essa a decisão de Jesus na cruz? Sim, Ele sabe que isso crucifica, mas de onde nos vêm a vida? Sim, da cruz! E talvez o seu perdão é a cruz necessária para que você tenha de novo a vida. Veja, a cruz traz Jesus nela. Jesus está pregado na sua cruz. Abraçar a cruz é abraçar Jesus! E ele está ai, pra ajudar você a perdoar como Ele o fez. É difícil... sim, mas tente! Talvez você se surpreenda.
Jesus, eu amo e perdoo essa(s) pessoa(s)...no Teu Amor Jesus. Eu a(s) lavo nas águas da tua misericórdia. Eu amo e perdoo...eu perdoo e amo! Não quero mais, Jesus, perder tempo com meus ressentimentos, pois Tu me amas... e é nesse amor que eu perdoo todos os que me fizeram mal. Que eles recebam deste mesmo amor que Tu mo dás. Eu amo e perdoo...eu perdoo e amo!
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