“Não te incomodes, Senhor, pois não sou digno de que entres em minha humilde morada, pelo que nem me julguei digno de ir ter contigo. Mas dizei uma só palavra e o meu servo será curado. Porque também eu tenho os meus superiores a quem devo obediência e soldados sob as minhas ordens, e digo a um: 'Vai', e ele vai; e a outro: 'Vem', e ele vem; e ao meu servo: 'Faz isto', e ele faz.” (Lc 7,1-10)
Há dias e horas em que a palavra de Deus nos "rasga" de alto a baixo e alarga os horizontes do tempo fazendo-nos mergulhar na imensidão do infinito e (e)terno amor desconcertante de Deus.
Hoje é um desses dias!
Na fonte da Palavra desconcerta-me não a atitude de Jesus, pois Ele é sempre o primeiro a dizer-nos, a revelar-nos e a mostrar-nos, que as nossas medidas não podem tolher o dom da salvação, mas enternece-me, particularmente, a simplicidade-humildade do centurião...
Hoje desejo ter essa atitude, com um coração de filho, consciente de que há sempre mais (muito mais!!) para aprender e muito pouco para ensinar.Por isso nasce em meu coração esta oração:
Senhor,
venho a ti,
de pés descalços,
de mãos vazias e coração contrito,
também "eu não sou digno de que entres na minha casa",
mas porque creio e sei que és infinitamente misericordioso
dá-me a graça de sempre me sentir amado e acolhido em Ti
e na hora das dúvidas, do medo ou da provação
sussurra-me, à inteligência e ao coração,
com a força do Teu Espírito Santo,
a certeza serena de que és Amor-infinito...
um Deus sempre pronto a (re)começar.
“Como não abrir nosso coração à certeza de que, ainda que sejamos pecadores, somos amados por Deus? Ele jamais se cansa de vir ao nosso encontro, de ser o primeiro em percorrer o caminho que nos separa Dele. (…) Só a fé pode transformar o egoísmo em alegria e voltar restabelecer as relações adequadas com o próximo e com Deus.”
(Papa Bento XVI)
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